sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

A FELICIDADE DE ESTAR VIVO



A felicidade de estar vivo
*João Carlos Moura
Entra e sai ano e o milagre da vida se reproduz e o espanto da morte nos confirma como sujeitos limitados e mortais. Isso assusta .
Somos seres privilegiados se respiramos, enxergamos, tivemos um lar ( não importa sob que condições), ouvimos, o paladar nos dá conta do que é salgado ou o que é doce. Estes são alguns privilégios da vida. Parece pouco, mas não é
Outros seriam o trabalho e o amor, talvez as coisas mais importantes entre todas as coisas possíveis e tangíveis. E parece pouco, mas não é...
O consumo leva a ilusão que os buracos existenciais podem – ou estão sendo preenchidos.
Ilusão. Pura ilusão. O que em sua grande maioria o consumo faz é tentar tapar as carências existenciais - que jamais serão preenchidas . A maturidade consiste justo nisso: saber que somos os seres da incompletude, os únicos na terra que já nascemos vazados, furados ( cárie, carência, falta). Somos por excelência os seres da falta, da angústia, da carência.
Ao mesmo tempo é nesta falta, neste vazio que temos a possibilidade de nos fundarmos como sujeitos humanos , como seres da criação e que inventamos a própria vida , já que quando nascemos sequer recebemos uma carta, um mapa ou esboço de como será a nossa trajetória neste Planeta solto que gira no ar sem nada que o prenda a algo seguro. Estamos nesta célere nave-mãe e viajamos sem saber o destino final – onde ela ( a Terra) vai parar ?
Que bom criarmos a nossa própria vida, que bom que é assim, porque caso o contrário a vida seria um uma chatice previsível.
Estamos todos – sem exceção – numa viajem espacial sem saber pra onde a nave vai nos levar. Isso é a vida com ganhos e perdas, confortos e desconfortos amados ou não, pobres ou ricos , alimentados ou famintos. Vale pra todos.
Vida é mais que uma badalada noite de fim de ano, em geral mais frustrante que faustosa. Quanta fantasia posta numa só noite: a noite do último dia do ano : quanta carência a fim de ser preenchida numa só noite ! E quanta desilusão vinda daí !
Estatisticamente essa última noite que marca o fim do ano que se vai, como a noite que contabiliza um dado negativo: é justo no fim do ano que aumentam os casos de suicídios, sem contar as depressões em todas as suas variantes : a perda de um amor ou de um filho, a não realização de projetos pessoais, fracassos ( os mais diversos) e um número sem fim de outras causas onde a tristeza às vezes momentânea ( que também pode ser causada por perdas ou frustrações) é confundidada com depressão. Depressão é coisa grave, profunda . Tristeza não, pode ser passageira.
Pode se tornar depressão ? Pode, mas para isso há terapia, aconselhamento, amigos, nreligião . E uma tristeza, quem não tem vez ou outra ou pequenas decepções ?
Isso é comum. Faz parte do humano. Faz crescer. Nós tornamos mais humanos a medida que aceitamos isso e procuramos elaborar à partir disso . Ficamos mais sensíveis e podendo compreender e sobretudo ser solifdário ao outro, sobretudo a quem falta tudo !
Não é o consumo de objetos ou pessoas que dá a verdadeira felicidade. O consumo - imperativo ou o deus do capitalismo - desvia o ser da sua verdadeira felicidade: a felicidade de ser raro num mundo cheio de falsos modelos , ser original, único, sentindo o verdadeiro bem-estar , mais que a passageira felicidade de ter.
A vida é um milagre . A recebemos como uma graça divina e nos cabe zelar ou não por este singular e único presente recebido dos céus.
Quantos não podem ver, ouvir, andar, caminhar, sentir o tato e o cheiro de uma flor, poder tocar e acariciar e sentir o corpo do ente amado e querido.
Sem falar dos absurdos das guerras que produzem dilaceramentos incontáveis e que fazem profundas cicatrizes para a vida toda.
Daí devemos agradecer a Deus o fato de sermos brasileiros e estarmos vivendo este momento histórico e futuroso de nossa história - como país e como pessoa.Parece que o Brasil acordou- saiu do berço esplendido- se descobriu como nação que deseja incluir todos neste projeto de nação sem imitação dos modelos estrangeiros, tão gastos e que produziram ao longo da história mais sofrimento que bem-estar.
Aproveitemos o momento para darmos um salto. Um salto para a vitória pessoal e coletiva, porque ninguém pode viver feliz sozinho, disse o Poeta...
O Brasil somos nós. E enquanto houver probreza não pode haver felicidade pessoal – ou coletiva.
Seremos todos responsáveis pelo que pode ou não acontecer com essa Nave-Mãe-Brasil-Terra.
E com nosso vida - em particular - nos cabe a direção, sem culpar o nascimento ( origem) , ou qualquer outro acontecimento.
Fazemos a nossa vida, mas em geral fazemos de conta que não a fazemos. Culpar algo ou outrem é muito mais fácil e menos oneroso.
Façamos todos uma ótima viagem ( sem exageros) - todos- sem distinção de raça-cor ou credo.,
A viagem é para todos: aproveitem, reflitam neste dia 31 e sigam viagem...
*Psicanalista e artista plástico

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Águas do S.Francisco / Elio Gaspari pega Sabatella


Num país em que posições radicais são uma raridade, a atriz Letícia Sabatella chamou a atenção com sua atitude recente em relação a transposição do São Francisco. Elio Gaspari faz uma singela homenagem à atriz na sua coluna de hoje da Folha. Ele repete uma história do presidente Lula que é a cara do Nosso Guia. Em 1980, Lula fez uma greve de fome quando estava preso e foi flagrado por um colega chupando balas. Metamorfose ambulante é isso aí. (Beto)
Letícia Sabatella fez bem ao Natal
Vive-se melhor enquanto houver gente disposta a ir para a rua sustentando aquilo em que acredita
ENTRAR NO Natal pensando na solidariedade que Letícia Sabatella deu ao bispo Luiz Cappio faz bem à alma. Nem tanto pelas razões que a levaram ao sertão baiano e a Brasília. Questão controversa, a transposição do São Francisco tem defensores e críticos cujos pontos de vista merecem atenção e respeito. O que enobrece os gestos de Sabatella é o simples exercício de suas convicções.Suas aparições podem ter provocado algum desconforto, sobretudo em pessoas que pensam de maneira diferente. Se ela estivesse numa campanha publicitária de condomínios ou de biquínis, seria o jogo jogado. Como participa de um movimento político (ao qual sua carreira nada deve), deveria ficar calada.Numa época de marquetagem de celebridades, essa atriz (35 anos, uma filha) é ave rara. Tem seu trabalho e suas opiniões, mas, fora delas, é uma perfeita anônima. Quem a conhece atesta que são duas as suas marcas: o profissionalismo e a inflexibilidade de opiniões políticas.Está mais para o estilo da inglesa Vanessa Redgrave do que para a versão anos 60 de Jane Fonda, que fez fama posando numa bateria antiaérea norte-vietnamita e está pedindo desculpas até hoje.Quando Nosso Guia elabora a teoria da metamorfose ambulante, acaba-se confundindo convicção com excentricidade. Lula revelou que "eu sei o que é greve de fome, dá uma fome danada". De fato, em 1980, quando estava preso ele liderou uma greve de fome na cela. Tinha umas balas escondidas e foi flagrado por um colega. Posteriormente, apoiou a greve dos bandidos que seqüestraram o empresário Abilio Diniz.É irrelevante concordar com as opiniões de Letícia Sabatella para poder apreciar as suas atitudes, sempre calmas, educadas. A distância que estabeleceu na resposta à carta aberta do deputado Ciro Gomes é um exemplo disso. (Ambas foram publicadas em "O Globo"). Vive-se melhor enquanto houver gente disposta a ir ao sertão do Nordeste ou à praça do bairro para sustentar aquilo em que acredita.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Ao mestre Niemeyer todos os nossos agradecimentos


Vou ilustrar com estra singela maquete a capela de S. José Operário o presente que o maior genio da arquitetura brasileira deu à comunidade carente de Vargem Grande, no Rio. As imagens abeançoam as palavras, agora desnecessárias.

Grato Oscar Niemeyer

Rio S. Francisco / Os contra e os a favor / VALE O DEDATE

Inicialmente desejo dizer do equivoco do bispo D.Cappio por fazer greve-de-fome para pressionar o governo a mudar de posição num projeto já decididido. Acho que é justo o ditado "ao bispo o que é do bispo"mas que isto não leve ao equívoco suicidade de matar-se por uma questão que ele considera nobre, que deve ser estudada , meditada e o mais óbvio me parece ser o seguinte: não me parece ter o bispo competência técnica para dizer ou não o que deve ser feito em favor de populações que serão beneficiadas pela transposição das águas. Entendi no que li a respeito que os beneficios e ganhos para imensas populações dependentes das tais águas serão maiores que as perdas. Isso mesmo. Haverá a longo prazo mais solução que problema, como hoje está. Considedrei de bom senso a medida do senhor bispo de suspender a greve de fome, coisa chocante que assustou aleigos e até membros sérios da igreja.

Vamos ao debate:

CARTA DE CRIRO GOMES PARA SABATELLA

20/12/2007
Letícia,
ando meio quieto por estes tempos, mas, ao ver você visitando o bispo em greve de fome no interior da Bahia, pensei que você deveria considerar algumas informações e reflexões. Poderia começar lhe falando de República, democracia, personalismo, messianismo… Mas, sendo você a pessoa especial que é, desnecessário. O projeto de integração de bacias do rio São Francisco aos rios secos do Nordeste setentrional atingiu, depois de muitos debates e alguns aperfeiçoamentos, uma forma em que é possível afirmar que, ao beneficiar 12 milhões de pessoas da região mais pobre do país, não prejudicará rigorosamente nenhuma pessoa, qualquer que seja o ponto de vista que se queira considerar.
Séria e bem intencionada como você é, Letícia, além de grande artista, peço-lhe paciência para ler os seguintes números: o rio São Francisco tem uma vazão média de 3.850 metros cúbicos por segundo (!) e sua vazão mínima é de 1.850 metros cúbicos por segundo (!). Isto mesmo, a cada segundo de relógio, o Rio despeja no mar este imenso volume de água.
O projeto de integração de bacia, equivocadamente chamado de transposição, pretende retirar do Rio no máximo 63 metros cúbicos por segundo. Na verdade, só se retirará este volume se o rio estiver botando uma cheia, o que acontece numa média de cada cinco anos. Este pequeno volume é suficiente para garantia do abastecimento humano de 12 milhões de pessoas.
O rio tem sido agredido há 500 anos. Só agora começou o programa de sua revitalização, e é o único rio brasileiro com um programa como este graças ao pacto político necessário para viabilizar o projeto de integração.
No semi-árido do Nordeste setentrional, onde fui criado, a disponibilidade segura de água hoje é de apenas cerca de 550 metros cúbicos por pessoa, por ano (!). E a sustentabilidade da vida humana pelos padrões da ONU é de que cada ser humano precisa de, no mínimo, 1.500 metros cúbicos de água por ano. Nosso povo lá, portanto, dispõe de apenas um terço da quantidade de água mínima necessária para sobreviver.
Não por acaso, creia, Letícia, é nesta região o endereço de origem de milhões de famílias partidas pela migração. Converse com os garçons, serventes de pedreiros ou com a maioria dos favelados do Rio e de São Paulo. Eles lhe darão testemunhos muito mais comoventes que o meu.
Tudo que estou lhe dizendo foi apurado em 4 anos de debates populares e discussões técnicas. Só na CNBB fui duas vezes debater o projeto. Apesar de convidado especialmente, o bispo Cappio não foi. Noutro debate por ele solicitado, depois da primeira greve de fome, no palácio do Planalto, ele também não foi. E, numa audiência com o presidente Lula, ele foi, mas disse ao presidente, depois de eu ter apresentado o projeto por mais de uma hora (ele calado o tempo inteiro), que não estava interessado em discutir o projeto, mas “um plano completo para o semi-árido”.
As coisas em relação a este assunto estão assim: muitos milhões de pessoas no semi-árido (vá lá ver agora o auge da estiagem) desejam ardorosamente este projeto,esperam por ele há séculos. Alguns poucos milhões concentrados nos estados ribeirinhos ao Rio não o querem. A maioria de muitos milhões de brasileiros fora da região está entre a perplexidade e a desinformação pura e simples. Como se deve proceder numa democracia republicana num caso como este?
O conflito de interesses é inerente a uma sociedade tão brutalmente desigual quanto a nossa. Só o amor aos ritos democráticos, a compaixão genuína para entender e respeitar as demandas de todos e procurar equacioná-las com inteligência, respeito, tolerância, diálogo e respeito às instituições coletivas nos salvarão da selvageria que já é grande demais entre nós.
Por mais nobres que sejam seus motivos - e são, no mínimo, equivocados -, o bispo Cappio não tem direito de fazer a Nação de refém de sua ameaça de suicídio. Qualquer vida é preciosa demais para ser usada como termo autoritário, personalista e messiânico de constrangimento à República e a suas legítimas instituições.
Proponho a você, se posso, Letícia: vá ao bispo Cappio, rogue a ele que suspenda seu ato unilateral e que venha, ou mande aquele que lhe aconselha no assunto, fazer um debate num local público do Rio ou de São Paulo.Imagine se um bispo a favor do projeto resolver entrar em greve de fome exigindo a pronta realização do projeto. Quem nós escolheríamos para morrer? Isto evidencia a necessidade urgente deste debate fraterno e respeitoso. Manda um abraço para os extraordinários e queridos Osmar Prado e Wagner Moura e, por favor, partilhe com eles esta cartinha. Patrícia tem meus telefones. Um beijo fraterno do Ciro Gomes
Ciro Gomes é deputado federal (PSB-CE) e foi ministro da Integração Nacional
Original em: http://www.integracao.gov.br/saofrancisco/noticias/noticia.asp?id=3043


Carta-resposta de Sabatella pra Ciro Gomes:

Resposta de Letícia Sabatella a Ciro Gomes publicada no O Globo
Escrito por Imprensa em dezembro 23, 2007
LETÍCIA SABATELLA
Caro deputado Ciro Gomes, Antes de visitar frei Luiz Cappio em Sobradinho, tinha conhecimento desse projeto da transposição de águas do Rio São Francisco, através da imprensa, e de duas conferências sobre o meio ambiente, das quais participei a convite de minha querida amiga, a ministra Marina Silva. Há alguns anos, quieta também, venho escutando pontos de vista diversos de ambientalistas, dos movimentos sociais, de nossa ministra do Meio Ambiente e refletindo junto com o Movimento Humanos Direitos (MHuD), do qual faço parte.
Acompanho a luta de povos indígenas e ribeirinhos, sempre tão ameaçados por projetos de grande porte, que visam a destinar grande poder para um pequeno grupo em troca de tanto prejuízo para esses povos, ao nosso patrimônio social, ambiental e cultural.
Acredito que devam existir benefícios com a transposição, mas pergunto, deputado, quem realmente se beneficiará com esta obra: o povo necessitado do semi-árido ou as grandes irrigações agrícolas e indústrias siderúrgicas? Afinal, a maior parte da água (bem comum do povo brasileiro) servirá para a produção agrícola e industrial de exportação e apenas 4% dessa água serão destinados ao consumo humano.
Sabendo do desgaste que historicamente vem sofrendo o rio, necessitado de efetiva revitalização, sabendo do custo elevado de uma obra que atravessará alguns decênios até ser concluída e em se tratando de interferir tão bruscamente no patrimônio ambiental, utilizando recursos públicos, por que razão, em sendo sua excelência deputado federal, este projeto não foi ampla e especificamente discutido e votado no Congresso? Por qual motivo essa obra tão “democrática” foi imposta como a única solução para resolver a questão da seca no semi-árido, quando propostas alternativas, que descentralizam o poder sobre as águas, não foram levadas em consideração? No dia 19 de dezembro de 2007, o que presenciei na Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi a insensibilidade do Poder Judiciário, a intransigência do Poder Executivo, e a omissão do Congresso Nacional. Será que não precisamos mesmo falar mais sobre democracia republicana, representativa? Ou melhor, praticar mais? Quanto ao gesto de frei Luiz, sinto que o senhor não age com justiça, quando não reconhece na ação do frei uma profunda nobreza. Sinto muito que o senhor ainda insista em desqualificálo. Por tê-lo conhecido e com ele conversado, participado de sua missa na Capela de São Francisco junto aos pobres, pude testemunhar sua alma amorosa e plena de compaixão humana, pastor de uma Igreja que mobiliza e não anestesia, que ajuda a conscientizar e formar cidadãos. Ele vive há mais de trinta anos entre ribeirinhos, indígenas, trabalhadores rurais, quilombolas e é por eles querido e respeitado.
Conhece profundamente as alternativas propostas pelos movimentos sociais, compostos por técnicos e estudiosos que há muitos anos pesquisam o semi-árido. Uma dessas alternativas foi proposta pela Agência Nacional de Águas, com o Atlas do Nordeste, que foi objeto de seu debate com Roberto Malvezzi, da Comissão Pastoral da Terra, cuja honestidade intelectual o senhor publicamente enalteceu em seminário realizado na UFF. Ele mostrou que o projeto da ANA custaria R$ 3,3 bilhões, metade do custo da transposição, beneficiando com água potável 34 milhões de pessoas, abarcando nove estados: então, por que o governo não levou em consideração esta opção mais barata e mais abrangente? Infelizmente, caro deputado, Dom Cappio não exagerou quando decidiu fazer seu jejum e fortalecer suas orações para chamar a atenção de todos à realidade do povo nordestino. O governo do presidente Lula optou por um modelo de desenvolvimento neocolonial que, dando continuidade à tradição de realizar grandes obras para marcar seus mandatos, sacrifica o povo com o custo de seus empreendimentos, enquanto o que esperávamos deste governo era a prática de uma verdadeira democracia.
Rio de Janeiro, 20 de dezembro de 2007
Letícia Sabatella


Carta de Elio Gaspari no Globo

Num país em que posições radicais são uma raridade, a atriz Letícia Sabatella chamou a atenção com sua atitude recente em relação a transposição do São Francisco. Elio Gaspari faz uma singela homenagem à atriz na sua coluna de hoje da Folha. Ele repete uma história do presidente Lula que é a cara do Nosso Guia. Em 1980, Lula fez uma greve de fome quando estava preso e foi flagrado por um colega chupando balas. Metamorfose ambulante é isso aí. (Beto)
Letícia Sabatella fez bem ao Natal
Vive-se melhor enquanto houver gente disposta a ir para a rua sustentando aquilo em que acredita
ENTRAR NO Natal pensando na solidariedade que Letícia Sabatella deu ao bispo Luiz Cappio faz bem à alma. Nem tanto pelas razões que a levaram ao sertão baiano e a Brasília. Questão controversa, a transposição do São Francisco tem defensores e críticos cujos pontos de vista merecem atenção e respeito. O que enobrece os gestos de Sabatella é o simples exercício de suas convicções.Suas aparições podem ter provocado algum desconforto, sobretudo em pessoas que pensam de maneira diferente. Se ela estivesse numa campanha publicitária de condomínios ou de biquínis, seria o jogo jogado. Como participa de um movimento político (ao qual sua carreira nada deve), deveria ficar calada.Numa época de marquetagem de celebridades, essa atriz (35 anos, uma filha) é ave rara. Tem seu trabalho e suas opiniões, mas, fora delas, é uma perfeita anônima. Quem a conhece atesta que são duas as suas marcas: o profissionalismo e a inflexibilidade de opiniões políticas.Está mais para o estilo da inglesa Vanessa Redgrave do que para a versão anos 60 de Jane Fonda, que fez fama posando numa bateria antiaérea norte-vietnamita e está pedindo desculpas até hoje.Quando Nosso Guia elabora a teoria da metamorfose ambulante, acaba-se confundindo convicção com excentricidade. Lula revelou que "eu sei o que é greve de fome, dá uma fome danada". De fato, em 1980, quando estava preso ele liderou uma greve de fome na cela. Tinha umas balas escondidas e foi flagrado por um colega. Posteriormente, apoiou a greve dos bandidos que seqüestraram o empresário Abilio Diniz.É irrelevante concordar com as opiniões de Letícia Sabatella para poder apreciar as suas atitudes, sempre calmas, educadas. A distância que estabeleceu na resposta à carta aberta do deputado Ciro Gomes é um exemplo disso. (Ambas foram publicadas em "O Globo"). Vive-se melhor enquanto houver gente disposta a ir ao sertão do Nordeste ou à praça do bairro para sustentar aquilo em que acredita.


Carta de Leonardo Boff sobre D.Cappio




Estou enviando este material como reflexão sobre a questão do bispo Dom Cappio, meu antigo aluno de teologia. Queiram divulgá-lo caso acharem conveniente.Um abraço lboff Por uma justiça maiorMuito de nós estamos acabrunhados com o resultado do Suipremo Tribunal Federal concedendo campo livre para o governo implementar a transposição do rio São Francisco. O debate naquela corte suprema foi mal colocado. A questão central não era de ecologia ambiental mas de ecologia social. Não se tratava apenas de decidir se o megaprojeto do governo implicava impactos ambientais danosos, coisa que o IBAMA, numa decisão discutível, garantiu não haver. O que se tratava acima de tudo era de ecologia social: a quem beneficia socialmente o faraonismo daquela projeto governamental? Aos sedentos do semi-árido ou ao agronegócio e às indústrias? Os dados falam por si: cerca de 75% da água se destina ao agronegócio, 20% às indústrias e somente 5% à população sedenta. Aqui se dá o confronto de duas posições: a do governo e a do bispo Dom Luiz Flávio Cappio, bispo de Barra (BA). O governo busca um crescimento que, segundo os dados cima referidos, atende primeiramente os interesses dos poderosos e secundariamente as necessidades do povo sofredor, o que configura falta de equidade. Esta posição é chamada de modernização conservadora, teórica e práticamente superada. O bispo Dom Capppio encarna uma postura ética dando centralidade ao social e à vida, especialmente dos milhões de condenados e ofendidos do semi-árido com os quais ele trabalha há mais de 20 anos. Em função deste projeto social que prioriza o povo e a vida e que não nega outros usos da água, há de se ordenar a transposição do rio São Francisco. A justiça legal consagrou o projeto de crescimento do governo. Mas a justiça não é tudo numa sociedade, especialmente como a nossa, marcada por profundas desigualdades e conflitos de interesses que debilitam fortemente a nossa democracia.O que sustenta a posição do bispo é outro tipo de justiça, aquela originária que antecede à justiça legal, justiça que garante o direito da vida, especialmente daqueles condenados a terem menos vida e por isso a morrerem antes do tempo. A larga tradição da ética cristã, racionalmente fundada em Aritóteles e em Santo Tomás de Aquino afirma aquela justiça originária e alimenta ainda hoje modernos projetos de ética mundial. Ela sustenta que acima da justiça está o amor à humanidade e a todos os seres. Lamentavelmente, não foi isso que se ouviu no arrazoado dos ministros do Supremo Tribunal Federal.O amor ao próximo e ao sofredor é a regra de ouro, a suprema norma da conduta verdadeiramente humana porque abre desinteressadamente o ser humano ao outro a ponto de dar a própria vida para que ele também tenha vida, como o está fazendo o bispo Dom Cappio, figura de eminente santidade pessoal e de incondicional amor aos deserdados do vale do São Francisco. Esta é a justiça maior de que fala Jesus, porque tributa amor e respeito Àquele que se esconde atrás do outro que é o Grande Outro, Deus. O povo brasileiro em sua profunda religiosidade é sensível a esse argumento.Para entender a posição e a atitude profética do bispo, precisamos compreender este tipo de fundamentação. É perversa a tentativa de desqualificar sua figura considerando-o autoritário e falto de base popular. Ele está ancorado nos milhões que geralmente não são ouvidos porque são tidos por incuravelmente ignorantes, zeros econômicos e óleo queimado. Mas eles são portadores de um saber de experiências feito, construido na convivência com o semi-árido e no amor ao rio que chamam com carinho de Velho Chico.O compromisso de Dom Cappio continua, secundado por todos aqueles que até agora o acompanharam, especialmente, os movimentos populares e nomes notáveis da cena nacional e internacional.Se ele, em consequência de seu gesto, vier a falecer, a transposição poderá ser feita, pois o governo dispõe de todos os meios, militares, legais, técnicos e econômicos. Mas será a transposição da maldição.O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por tudo o que representa, não merece carregar esta pecha pelos séculos afora.


Leonardo Boff /teólogo


sábado, 22 de dezembro de 2007

O bar e a casa



O bar e a casa
* João Carlos Moura

Não fui que fiz esse texto, foi o texto que se fez em mim.
Tenho observado que certos bares se transformaram em extensão (e intenção) de casa. Dei-me conta disso ao passar pelo Bar Jóia,no Jardim Botânico, Rio.
Muitos dos tradicionais freqüentadores ainda lá estavam atarraxados às suas cadeiras. Outros se foram, por motivos óbvios: Raul Seixas, Tarso de Castro, Chico Buarque, Pedro Pellegrino e tantos e tantos outros que diziam ser o Passarinho (garçom) o melhor tirador de chope do Rio. E se ouvia: “ tira mais um sem colarinho...Passarinho “! E lá vinha ele: bigodudo, falante, simpático, inteligente e grande referência da política fosse municipal ou federal: o Passarinho falava e era tudo silêncio à volta, porque tinha a autoridade de mais um nordestino que também veio iludido em busca da cidade maravilhosa,o Rio d’antanho.
Nem o Passarinho está mais lá, nem Raul Seixas, nem Tarso de Castro (Eduardo Mascarenhas me disse ser o Tarso autor desta frase : “ não existe mulher séria, o que existe é mulher mal-cantada ! “). Sei lá. Eles lá em cima é que discutam isso , porque agora são anjos e se livraram para sempre da zoeira que se transformou o ex-charmoso bairro do silêncio e do verde carioca : o Jardim Botânico das palmeiras imperiais.
E a casa a ver com isso? Pois é amigo : o bar,o botequim, o buteco e o pé-sujo com outros nomes virou o lugar da grande psicanálise a céu-aberto ! Fala-se de tudo. Conta-se tudo. As intimidades afloram – e defloram os nossos ouvidos até então sacrossantos! Desde sexualidade (conversa quase óbvia e preferida entre homens) até contas a pagar, falar mal da norinha, o safado do patrão que ainda não pagou o 13, e aquele político que pintou o cabelo cor de rosa-choque e que rouba...e rouba...e rouba - e não é que ainda sorri o “sem-vergonho” ( como se diz no norte) dizendo que vai ser reeleito ?
Pois é: o buteco virou extensão da casa e o que era privado virou público. Privada-pública !
Amigos se encontravam. Agora só dá chato e fofoqueiro. O bar que era lugar de encontro virou o lugar do desencontro - e do desencanto ! Porque agora em bar, nem mulher se arranja mais, só se arranja briga e dor de ouvido por causa do barulho...e histórias da vida do alheio...
*psicanalista e artista plástico que não freqüenta bar principalmente porque a enchova tá cara e o cumendador pode passar por lá e chamar todo mundo de vigarista. E pode até acertar – desta vez !

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007


Parafuso de menos, que falta faz ?

Texto de João Carlos Moura / Búzios

Dizem em Búzios com freqüência:” essa cara tem um parafuso de menos !
Ou essa mulher ficou desparafusada porque depois de 25 anos de casamento o marido assumiu que era gay, e adora parafuso ( graannndeeee ).
E daí, que importa isso ?
Que diferença faz um parafuso – à mais ou à menos .
Quem tem os parafusos nos devidos lugares – tudo certinho - não suportaria estar em Búzios. Morar em Búzios. Viver em Búzios. Menos ainda fazer política em Búzios.
O cara normal ( com todos os parafusos no lugar ) é um chato .
É do tipo que se acha ter todos os parafusos nos lugares e a preços justos. Esse deve ter um parafuso a menos. Nem precisa comprar mais algum de reposição pois dizem ser esse o parafuso (esse que falta, por exemplo na prefeitura) o mais caro do Brasil – talvez do mundo - ,duzentos e cinquenta reais – é o que dizem as desparafusadas línguas !
Por ter língua solta (sem parafuso que a prenda) fala mal dos políticos locais mas não tem a coragem-moral para se aventurar e disputar um cargo público, porque lhe falta ou porque tem excesso de parafusos.
Agora só um cara com parafuso solto tem a audácia de falar mal de políticos .
Taí classe desparafusada – sim – mas incapaz de cometer uma compra errada com seu dinheiro – público . Parafuso caro, nem pensar, nem comprar. Isso é coisa de gente desonesta que quer ganhar dinheiro comprando parafusos caros e desnecessários, o que não é o caso da prefeitura de Massaranduba, ali pertinho de Cabo Frio, de onde se soltou o parafuso-umbilical que os ligavam e se tornou essa fofura, limpa, impecável, com obras mais que desnecessárias .
Lá só se compra parafusos para usos ultradevidos e sempre cotados como os mais baratos em todas as cotações de preços, conforme mostrou a imprensa local de Búzios e um jornalão do Rio, muito recentemente.
Por isso viva Búzios onde todos os desparafusados se entendem e não precisam comprar parafusos.
Deixam que a prefeitura de Massaranduba ( é madeira de dar em doido ) se encarrega de comprar caso seja necessário comprar. E compram. Carin, carin, mais é bunitim, bunitim não é de ouro nem de prata, quem viu falou: “ aquele abestado de duzentos e cinqüenta reaus não é de ouro nem de prata seus bobim... é de lata... i disfalça...i disfalça !

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Cultura brasileira e globalização


Acabo de ter duas lições exemplares do Brasil Muderno : um bar nos Ossos colocava música da internet, sem pagar nada aos músicos. Altíssima - estrangeira: chata, repetitiva, monótona... e eu querendo ler um livro no banquinho e na mesinha da praça pública : NEM PRIVADA-PÚBLICA E NEM GLOBALIZADA- AINDA !

E a outra lição vem do Nordeste - lá só toca ( felizmente ) a variada, rica e plural música brasileira da mais original cultura do mundo : a nossa.

Os gringos nos Ossos - donos do bar-mixuruca-mixórdia - não entenderam porque o seu merda - bar fica vazio: porque é uma merda globalizada. Só isso !

Cultura da violência que também a música deles propaga tipo COLUMBINE !

Chata, barulhenta, insuportável - mesmo para os outros gringos que nos visitam .

Insurpotável ! Repito: insuportaável ! Cheia de estrangeirismos bobos.

Afinal, como dizia o Darcy Ribeiro: temos a raça mais linda do mundo !

A arte brasileira é isso: rica, plural, variada, por isso linda, original, sem cópias.

É a expressão da nossa linda gente : desinibida, festiva, em nada monótona !

E nem imunda e nem globalizada, como aquela tevê tenta nos impingir...madrugada a dentro...e que se repete na tarde no noticiário da violência no teleal e nas novelas - chatas - que produzem !

A cultura da burrice é a cultura globalizada.

Sai fora gringo...chato...globalizado.

Fique aqui o gringo que não queira nos mudar com suas manias ( musicais, inclusive) .

Uma boa visita da Policia Federal mos ajudaria...e muito !

Alguns desses gringos não suportariam uma REVISTA GERAL..

E para nós - brasileiros - agiríamos exatamente como eles fazem em seus paises: ilegal, prisão ou sai agora!

Aqui não é uma TERRA DE NINGUÉM como alguns pensam e nos acham muy amigos...

Calma lá: somos orgulhosamente brasileiros. Nos respeitem. Ou caiam fora, já !

domingo, 2 de dezembro de 2007

Viva a TV DIGITAL !

Começa neste domingo uma nova revolução na TV Brasileira Neste domingo, às 20h30, começam as primeiras transmissões da TV digital brasileira, com a difusão em alta definição (High Definition) de um discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O programa será gerado em cadeia, diretamente da Sala São Paulo, na Estação Júlio Prestes, por um pool de emissoras (Cultura, Band, Rede TV, Globo, Record e SBT). O presidente Lula estará presente ao evento, ao lado dos ministros das Comunicações, Hélio Costa, e da Casa Civil, Dilma Roussef. Inicialmente, a transmissão abrangerá apenas a grande São Paulo, mas a previsão é de que, a partir do próximo semestre, a TV digital esteja disponível também no Rio de Janeiro, devendo atingir todo o país até 2013 e substituindo totalmente o padrão analógico até 2016. O impacto da chegada da era digital no país só pode ser comparado ao do começo das transmissões em cores, na década de 70, e os usuários ainda têm muitas dúvidas sobre o novo sistema. A principal delas é saber se ainda poderão usar as atuais TVs analógicas, com tubo de imagem ou com telas de LCD e plasma. Segundo técnicos do setor sim, porque o decreto 5.280 (de 29 de junho de 2006), obriga as emissoras a manterem a transmissão analógica até 29 de junho de 2016. Outra dúvida é se a adesão ao novo sistema será gratuita. A nova forma de transmissão será gratuita, como a atual TV analógica, mas para acessar os canais de alta definição o telespectador precisa ter uma TV também digital e uma antena UHF.
(leia a íntegra)

FONTE:SECOM, Planalto, Brasilia

Beleza e crime em Alagoas

Beleza e crime em Alagoas


De João Carlos Moura /

texto enviado da Praia do Francês

É um contraste impensável de existir e a imprensa de Alagoas não trata de outro assunto com tanta intensidade: a violência é o tema central desse Estado pobre e de beleza singular.
As últimas pesquisas do IBGE colocam Alagoas entre os Estados mais pobres do país, perto do Maranhão e do Piauí. Quem diz que pobreza e violência não estão conjugadas que venha à Maceió e faça uma caminhada noturna na bela orla (mais bonita que a Barra da Tijuca) e confirme ao final se foi ou não assaltado. Essa proposta foi feita numa importante coluna no jornal de Collor.
Ontem uma pesquisa dava conta de que 80% dos moradores de Maceió já haviam sido assaltados, li numa coluna na GAZETA, jornal de Collor.
Penso que este índice de Maceió é mais elevado do que os índices do Rio onde as tevês projetam em suas telinhas o pior dos mundos como se fosse uma exclusividade do Rio.
E Búzios que em 60 dias teve mais de 9 pousadas assaltadas, conforme saiu notícia no GLOBO? Como a península da Brigitte fica agora – também - nas estatísticas de violência ?
Não é suficiente a beleza da costa de Alagoas – das mais lindas do Brasil – e dos preços bem convidativos para qualquer turista. É mais que importante que o turista se sinta seguro e protegido, porque tanto Alagoas (capital de Maceió) quanto Búzios dependem basicamente do turismo.
E turismo sem segurança, nem pensar.
Curiosamente entre os 2 Estados mais pobres do Brasil ( Maranhão e Maceió) estão entre seus comandantes - talvez - aqueles que tenham sido os 2 homens mais poderosos do Brasil até pouco tempo: Sarney (riquíssimo) no Maranhão paupérrimo, e Collor ( milionário) na Alagoas miserável. Ambos os Estados que produzem pouquíssimo ou quase nada, mas que são abundantes em pobreza e violências.
E não é raro vermos nos jornais de Alagoas (Collor comanda a rede mais poderosa de comunicação no Estado) e Sarney o equivalente na comunicação em seu miserável Estado, o Maranhão.
Voltando a Alagoas, é de espantar o número de autoridades públicas (com destaque para políticos) que estão envolvidos em crimes - os mais variados -, mas os de morte fazem parte da tradição que parece vir desde Lampião, porque “certos cabras foram – ou estão - marcados para morrer”!
Ainda agora acabo de ver no jornal de Marechal Deodoro (onde estou, na Praia do Francês) a virulência com que o senador Renan (aquele mesmo, o amante da peladona da PLAYBOY) se dirige a seu arquiinimigo político João Lyra ofendendo-o como nunca vi nem Carlos Lacerda fazer contra Getúlio ou aquele que Lacerda chamou de “Rato Fiúza”cuja família honrada vive até hoje em Petrópolis. Yedo Fiúzo era do PTB e Lacerda da UDN, e aquilo na época era uma espécie de briga entre gato e rato, mais ou menos ainda como vi acontecer ainda hoje em Alagoas.
Eu jamais havia visto um político se dirigir a outro político como Renan se dirige a João Lyra. Pelo jeito, isso vai acabar em morte ou mortes, aliás, coisa comum em Alagoas.
E agora descobri o pior: os jovens, mesmo adolescentes, estão se armando também. Muitos – como ouvi relatos- compram um trabuco antes mesmo de comprar outras coisas...
Lamentável que tenhamos que tecer estes comentários e pedir a Deus que essa praga (a violência) se afaste depressa de Búzios também, porque senão os turistas não colocarão o Brasil ( e esses belos lugares ) mais como opção turística porque beleza natural, violência – em suas várias manifestações - e crime, não combinam...e afugentam todos, inclusive os antigos freqüentadores, como já vemos acontecer em Búzios.
Agora matéria de VEJA diz que Búzios irá rceber um milhão de turistas. Ficarão como e onde ?
Saberemos pelas tevês que não fazem matéria paga com esse tipo de notícia !

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Lula dá aula a FHC

27/11/2007 - 21h10
Lula diz que com menos estudo sabe governar melhor e sugere que ex deve fechar a boca

da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira em entrevista ao jornal da Record, da TV Record, que sabe governar melhor o país, apesar de ter menos estudo que seu antecessor Fernando Henrique Cardoso. Lula disse que não vai responder as declarações de FHC, mas ressaltou que quando um presidente deixa o cargo, deve "fechar a boca" para "o outro" poder governar.
"A resposta a ser dada a ele [FHC] não vai ser da minha boca. Quando eu terminar o meu governo em 2010, 190 milhões de brasileiros e quem mais quiser vão fazer um investigação: porque o ex-presidente FHC fez na educação durante oito anos e o que eu fiz na educação", afirmou Lula.
O presidente disse que que as declarações do tucano não o incomodam, pois ele tem razão. "Não, não incomoda. Eu só posso dar exemplo quando deixar a presidência. Quando deixar a presidência, quero mostrar que é plenamente possível um presidente da República, depois de cumprir o seu mandato, fechar a boca e deixar o outro governar", completou.
"Ele tem razão. Obviamente que se comparar a educação, a formação intelectual do Fernando Henrique Cardoso, ele é muito mais estudado do que eu. Agora, é verdade que ele teve mais anos de escolaridade, mas é verdade que eu sei governar melhor do que ele", disse Lula.
Na semana passada, durante o 3º Congresso do PSDB em Brasília, FHC não poupou críticas ao governo Lula nem ao petista. Ele ironizou de forma indireta a baixa escolaridade de Lula.
"Aqui [no PSDB] há acadêmicos, e não temos vergonha disso. [...] Faremos o possível e o impossível para que saibam falar bem a nossa língua. É por isso que em Minas Gerais o ensino passou para nove anos, e não quatro. Queremos brasileiros melhor educados, e não liderados por gente que despreza a educação, a começar pela própria', disse FHC.
Durante a entrevista, o presidente evitou antecipar o debate sobre quem será o candidato do PT nas eleições de 2010, mas disse que em 2009 espera que os partidos aliados lancem uma candidatura única. "Seria irresponsabilidade minha pensar em 2010 agora", afirmou.

O despreparo da TAM e os passageiros que se danem



MANDEI PARA O MARKETING DA TAM

Sra Marcia Leonardi
Com pesar escrevo essa carta para a senhora depois de ler o mesmo texto em meu programa de rádio e ter dado uma nota para a COLUNA DO ANCELMO GÓIS em O GLOBO.
Segue a carta da passageira que pediu apoio ao pegar em nossas mãos para ter "segurança " por causa da péssima viagem que fizemos.Devo dizer que encaminhei também para o planalto, Ministro Nelson Jobim, da Defesa essa mesma carta.

Sem mais por ora, enquanto finalizamosa a quinta edicão do JORNAL résPÚBLICA esse mesmo texto sairá no jornal de maior circulação na Região dos Lagos /Estado do Rio.
Sem mais por ora, ao dispor
João Carlos Moura

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GAMBÁ NA PISTA
texto de João Carlos Moura
Enviado da Praia do Francês/Alagoas

DEPOIS - OU MESMO UM POUCO ANTES - DO DESASTRE DA TAM EM SÃO PAULO que assisti na hora natela da tevê GLOBO - por acaso- onde naquele instante dentro do avião morria ardendo em chamas o pai-jovem de uma amiga-jovem foi que começaram as pesadas críticas contra o governo, como se esse fôra - digo O GOVERNO- o responsável por exemplo- por este e outros acidentes e transtornos nos aeroportos do Brasil.
A grande mídia-orquestrada culpou ANACs,ministros,serviços dos aeroportos, o tamando deles, despreparo e desmazêlo nas vistorias das aeronaves, e uma ladainda de queixas sem fim, com um único objetivo: deixar mal, e sempre muito mal O GOVERNO LULA.
Pasmem agora amigos, vejam que mico este vôo que fiz do Rio para Maceió : Avião da TAM , vôo 3152 que saíu terça-feira às 19.25 do Rio ,do Galeão que estava calmo, quase vazio e era o último dia do feriadão . Eu vim neste vôo para Maceió com escala em Salvador .
No Rio o avião antes de decolar ficou retido na pista pronto para voar por uma hora e vinte minutos, até que o Comandante Marcelino, disse: " senhores passageiros que estão do lado direito, o nosso vôo está atrasado porque os senhores podem ver, tem um gambá na pista....
É demais, não ?
Gambá na pista atrasa um vôo por tanto tempo ?
Talvez só com a TAM que vai ficando especialistas em micos e gambás com seus vôos quase sempre atrasados - ou - como contou-me um ilustre passageiro vindo de S.Paulo e que já estava dentro do avião esperando para o destino que era Maceió . Esta escala em Salvador era prevista com mudança de avião o que não era previsto eram essas coisinhas que vou contar agora...
O meu vizinho de poltrona disse que o avião que ele vinha de S.Paulo para Maceió ficou também mais de uma hora parado na pista com os pasageiros dentro porque deu pane no sistema de localização da aeronave ( um tipo de GPS, por exemplo).
E depois de muito movimento em troca-troca e reparos no avião ainda na pista
eles ainda tiveram que trocar de avião porque o reparo não pode ser feito após várias tentativas- e os passageiros, como nós no Rio, dentros do avião, esperando, esperando...Trocaram então de avião, passaram para um novinho que estava na reserva...
E só mais estas: no meu vôo do Rio para a escala em Salvador, foi sequer servida uma água no avião- MOTIVO ALEGADO: turbulência..acreditam ?
Outra coisa MUITO GRAVE: o sistema de pressurização e o ar-condicionado, pifaram...
Estava começando a faltar ar e o excesso de calor começou a assustar alguns passageiros. Uma senhora que trabalha no TRE da Bahia nos pediu auxílio, tão nervosa estava, que agarrou-se às nosssas mãos..
E depois de Salvador, já na outra nave ENXUTA E NOVINHA que estava na reserva e que
veio de S.Paulo lotada , foi que voltou a calma e a esesperança .
TUDO CULPA EXCLUSIVA DOS PÉSSIMOS SERVIÇOS DA TAM.
É ISSO MESMO :Meninos eu vi: tudo culpa da TAM . Nada pra falar mal de ANAC, Ministro Jobim, aeroportos assim ou assado.
Exceto a TAM o resto foi bem.
A TAM está muito ruim.
CUIDADO !
O GOVERNO TEM FICAR DE OLHO NA TAM, PORQUE SENÃO...SEI LÁ...VEM COISA FEIA POR
AÍ...

sábado, 17 de novembro de 2007

PARA EL REY DE ESPANHA E QUEJANDOS: Dan Mitrionne passou por aqui...


A FAMIGLIA IMPERIOSA DE EL REY de Espanha devia dar uma olhada no livro 1808 saído no Brasil e ver as burradas da côrte que prá cá veio fugindo de Napoleão.

Coisinha que deve interessar também: porquê DAN MITRIONNE ( o americano ) que veio ensinar TORTURA no Brasil foi homenageado em Petrópolis, teve seu nome dado a uma rua naquela que é a única cidade imperial das Américas?

Petrópolis gostou tanto da passagem dele por lá que coincidentemente nesta cidade cheia de parafernálias, orleans e braganças foi montada a CASA DA MORTE - filial particular ( financiada por empresários ) do DOI-CODI onde o ex-médico-psicanalista AMILCAR LOBO avaliava a capacidade de o torturado sobreviver as torturas...

Não esqueçamos disso.

São episódios recentes da história dos dem/arenosos , e os amigos de D. Mitrionne estão vivinhos...

A CASA DA MORTE devia ser tombada.

EL REY comporte-se : a ditadura de Franco si fue...



13/11/2007 - 19:19
DO SITE OFICIAL DO PT


Bons modos e hipocrisia
Valter Pomar


Segundo a Folha de S. Paulo, o hoje deputado federal Paulo Maluf considera que Chávez é “um bufão, que precisava, no mínimo, de um psiquiatra. A maneira dele governar é absolutamente reprovável. São certos rompantes de autoritarismo que mostram que é ditador”.
Críticas semelhantes foram feitas pelo senador José Sarney. Ou seja: os dois principais personagens em torno dos quais se dividiu o antigo PDS, partido da ditadura militar no Brasil, agora se dedicam a avaliar o grau de democracia que existe na Venezuela.
Ninguém é obrigado a concordar com o estilo de Chávez, com a reforma constitucional ou com o “socialismo bolivariano”. Mas é impossível ouvir calado certa gente posando de democrata, acusando o governo da Venezuela de ser ditatorial por estar propondo “reeleição ilimitada” e por ter “fechado” um canal de comunicação.
Na melhor das hipóteses, é gozado ver o senador Sarney, integrante da ditadura que censurou jornais, prendeu e matou jornalistas, criticando a não-renovação de uma concessão pública para uma empresa privada de televisão. Considerando as relações da família Sarney com determinada rede de comunicação, compreendo seus motivos: ele pensa e age como proprietário, não como concessionário.
No caso de Maluf, “eleito” prefeito e governador de São Paulo pelas regras da ditadura militar, beira o grotesco sua crítica à proposta da reeleição ilimitada.
Não tenho dúvida que esta proposta é um sintoma de fraqueza, não de força. Um projeto revolucionário, coletivo por definição, não deve depender em tão larga medida deste ou daquele indivíduo. Mas a possibilidade da reeleição do primeiro mandatário do país está presente em vários outros países do mundo e não é isto, isoladamente, que faz de um país ditadura ou democracia.
Em termos de espetáculo, nada se compara à reação indignada com que certos meios repercutiram a frase que o rei da Espanha dirigiu ao presidente Chávez, durante a cúpula Ibero-americana, realizada recentemente em Santiago do Chile.
Para quem não lembra, a República espanhola foi esmagada por um levante fascista, que restaurou a monarquia. Depois da morte de Franco, Juan Carlos foi coroado e jogou um papel no mínimo controverso no processo de redemocratização.
A altercação entre o rei e Chávez pode ser vista, em várias versões, no
http://www.youtube.com/.
O episódio começou quando Chávez, no final da cúpula Ibero-americana, fez um ataque ao ex-primeiro ministro espanhol, José Maria Aznar, acusando-o de fascista.
Zapatero reagiu, exigindo que Chávez respeitasse José Maria Aznar, que quando primeiro-ministro foi eleito pelos espanhóis. E pediu que o respeito aos governantes fosse uma norma formal das “cumbres”.
Durante a fala de Zapatero, Chávez interveio algumas vezes. Foi nesse contexto que Juan Carlos proferiu a agora célebre frase: “por que não te calas?”
Não se trata de uma frase especialmente profunda, diferentemente da intervenção de Zapatero, que apresentou seu ponto de vista sobre como devem se comportar os representantes de países em encontros multilaterais. Ponto de vista questionável, mas compreensível.
Já o rei espanhol deu uma bronca, composta por cinco palavras. A imensa repercussão de sua frase só tem um explicação: “calar” Chávez é o sonho de muita gente.
É o caso do jornal O Estado de S. Paulo, que em editorial publicado no dia 13 de novembro chama Chávez de “truculento aspirante a ditador”, “violento por natureza”, “destituído de senso de medida” e “reencarnação mameluca de Mussolini”.
Frente a este tipo de ataque, que Chávez sofre todo santo dia, mesmo quem não concorda com o seu estilo é obrigado a lembrar da relação entre a violência do rio e a violência das margens.
Que tenha sido um rei a mandar calar; que o socialista Zapatero tenha se sentido obrigado a defender um espanhol, mesmo que este espanhol seja Aznar, um reacionário assumido que dedica grande parte de seu tempo a viajar pelo mundo em campanha contra a esquerda; que a mídia conservadora tenha feito um carnaval em torno do assunto; nada disto ajuda quem defende os bons modos, inclusive em eventos internacionais.
Ao mesmo tempo, tudo isto diz muito sobre a hipocrisia de muita gente que se opõe a Chávez e, por tabela, discorda da entrada da Venezuela no Mercosul. De pacífica e educada, esta gente não tem nada, nem mesmo os modos.
Valter Pomar é secretário de Relações Internacionais do PT

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Imperdível a MADRUGADA NA BAND

Neste outro sábado - sobretudo as mulheres - não devem deixar de assistir ao PROGRAMA LILIANA RODRIGUEZ na TV BANDEIRANTES depois de meia-noite.
SIMPLESMENTE IMPERDÍVEL !
Ela fez uma formidável entrevista com a Dra Amanda Athayde ( médica endocrinologista feminina -ver citações no GOOGLE) sobre MENOPAUSA.
No programa há um depoimento da Dra Rosa Bastos que foi curada de um câncer de mama e que exemplifica que REPOSIÇÃO HORMONAL e CÂNCER não são "inimigos-mortais", como tem repetido certa imprensa mal informada.
A Dra Rosa diz que após a REPOSIÇÃO HORMONAL que fez sob a orientação da Dra Amanda,
se tornou uma pessoa mais feliz - em todos os sentidos .
Cheguei a ter a impressão - momentânea - que o programa havia sido ensaiado. Não foi. Eu sabia que não era, pois fui como convidado da Amanda.
O PROGRAMA ESTÁ UM SHOW DE CREDIBILIDADE E CORRETA INFORMAÇÃO SOBRE UM TEMA TÃO DELICADO !
Desejo que assistam a este programa porque é uma chance extaordinária para as mulheres de
se informarem com uma pessoa altamente competente e reconhecida pela classe médica e pacientes devido as seus 40 anos de vitoriosa prática clínica em seu consultório particular em Copacabana.
NÃO PERCAM.
CHANCE RARA DE BOA INFORMAÇÃO CORRETA

Uma maravilha de Luiz Nassif: LEIAM

Luís Nassif
"Os cineastas e política cultural", copyright Folha de S. Paulo, 10/05/03
"O poder de ‘lobby’ de alguns setores do cinema nacional foi exemplarmente demonstrado nesse episódio da manifestação de alguns cineastas cariocas contra o que tacharam de ‘dirigismo cultural’ do governo na definição de critérios para a aplicação das verbas culturais das estatais.
O pretexto para o carnaval armado foi a decisão de uma estatal -a Eletrobrás- de colocar nas condições para patrocínio a inclusão de temas sociais. Foi uma decisão algo amadora, porém isolada. Por que esse carnaval todo?
O que está por trás disso é a tentativa de manutenção de um amplo processo de distorção na alocação dos incentivos à cultura.
No plano privado, a falta de diretrizes e normas adequadas permitiu às grandes empresas escoar, por meio da lei, suas despesas de marketing institucional. Nas estatais, o processo foi pior. Deveriam, no mínimo, seguir políticas de governo. Por tal, não se entenda atender demandas políticas, mas princípios de atuação, com regras claras de transparência e impessoalidade.
No ano passado, as verbas da BR Distribuidora para o cinema nacional superaram os R$ 50 milhões, muito mais que o dinheiro disponível do Ministério da Cultura. E no que resultou tudo isso? Certamente não em uma indústria de cinema consolidada. Com todo o investimento sendo bancado pelo contribuinte, os cineastas pouco se importaram em buscar o retorno nas bilheterias, em estimular a organização de uma produção profissionalizada. Não avançaram na montagem de estúdios, na promoção comercial do filme brasileiro no exterior.
Outra distorção extraordinária foi a apropriação do espaço público por grupos privados. Como as contribuições culturais para acervos públicos acabam caindo na vala comum dos cofres estaduais, foram constituídos clubes de amigos de diversas instituições, que passaram a receber as verbas e a serem beneficiários da exploração comercial de locais públicos.
Enquanto isso, a música popular brasileira, tendo penetração internacional, excelência, podendo cumprir papel econômico de exportação, diplomático e comercial, jamais mereceu política de governo.
É hora de pensar em correções de rumo nessas políticas de incentivo. É imoral em um país com as necessidades do Brasil que casas de show, programas de marketing de empresas e devaneios de cineastas sejam bancados quase integralmente com dinheiro do contribuinte.
Dinheiro de incentivos das estatais deve se submeter a políticas públicas discutidas de forma transparente. A idéia de trazer para as estatais a experiência de regulamentação adotada pela Petrobras na gestão passada, como pretende a Secom, pode ser útil.
Mas, para ser produtiva, seria importante que a atual direção da Petrobras abrisse os números e divulgasse os projetos aprovados no passado. Talvez aí se possa entender como, dispondo de todo esse mecanismo de transparência, além do famoso projeto Petrobrax (de troca de nome da empresa), a companhia bancou um ‘projeto cultural’ de R$ 1,5 milhão para ‘remodelação visual’ (troca de placas) do parque Beto Carrero."

Itália, Israel e Portugal : maus exemplos no esporte !

Itália, Israel e Portugal dão os piores exemplos para o esporte : a violência que vimos nas tevês s praticadas nestes paises no meio esportivo evergonha toda a tradição do esporte competitivo, saudável: PRÓ-VIDA !
Eros vencendo Tánatos- seria ideal d esporte.
A vida vencedo a morte - seria o esperado, e não o o que assistimos estarrecidos e indignados - ao mesmo tempo !
O que aconteceu nestes nestes paises - deve ser repudiada por todo o mundo.
E aproveitando, porquê não banir de vez o grosso e agressivo Felipão pela covardia que cometeu dando um soco na cara de um jogador de futebol ?
Felipão, não merece perdão.
Esses portugueses...parece que estão ainda no tempo da quadratura do círculo, com esse perdão ridículo para Felipão !
Acorda Portugal !

domingo, 4 de novembro de 2007

Armagedon humano ?

Publico esse texto de Leonardo Boff, que faz pensar.

Armagedon humano?

Leonardo Boff
Teólogo/escritor

Os atuais cenários sombrios sobre o futuro do sistema-vida e especificamente da espécie humana permitem que biólogos, bioantropólogos e astrofísicos aventem o possível desaparecimento da espécie homo sapiens/demens ainda neste século. Aduzem argumentos que merecem ponderação. O mais robusto parece ser aquele da superpopulação articulada com a dificuldade de adaptação às mudanças climáticas. Na escala biológica verifica-se um crescimento exponencial. A humanidade precisou um milhão de anos para alcançar em 1850 um bilhão de pessoas. Os espaços temporais entre os índices de um crescimento a outro diminuem cada vez mais. De 75 anos - de 1850 a 1925 - passaram para 5 anos de diferença. Prevê-se que por volta de 2050 haverá dez bilhões de pessoas. É triunfo ou dano? Lynn Margulis e Dorian Sagan, notáveis microbiólogos, no conhecido livro Microcosmos (1990) afirmam com dados dos registros fósseis e da própria biologia evolutiva que um dos sinais do colapso próximo de uma espécie é sua rápida superpopulação. Isso pode ser comprovado por micro-organismos colocados na cápsula Petri (placa redonda com colônias de bactérias e nutrientes). Pouco antes de atingirem as bordas da placa e se esgotarem os nutrientes, multiplicam-se de forma exponencial. E de repente morrem. Para a humanidade, comentam eles, a Terra pode mostrar-se idêntica a uma cápsula Petri. Com efeito, ocupamos quase toda a superfície terrestre, deixando apenas 17% livre: desertos, floresta amazônica e regiões polares. Estamos chegando às bordas físicas da Terra. Há explosão demográfia e decrescimento dos meios de vida num planeta limitado. Sinal precursor de nossa próxima extinção?O prêmio Nobel em medicina, Christian de Duve, sustenta que estamos assistindo a sintomas que precederam no passado as grandes dizimações. Normalmente desaparecem por ano 300 espécies vivas porque chegaram ao seu climax evolucionário. Dada a pressão industrialista global sobre a biosfera estão desparecendo cerca de 3.500. Um desastre biológico. Será que agora não chegou a nossa vez?Carl Sagan, já falecido, via no intento humano de demandar à Lua e enviar naves espaciais como o Voyager 1 para fora do sistema solar, a manifestação do inconsciente coletivo que pressente o risco da extinção próxima. A vontade de viver nos leva a excogitar formas de sobrevivência para além da Terra. O astrofísico Stephen Hawking fala da possivel colonização extrasolar com naves, espécie de veleiros espaciais, impulsionadas por raios laser que lhes confeririam uma velocidade de trinta mil quilômetros por segundo. Mas para chegar a outros sistemas planetários teríamos que percorrer bilhões e bilhões de quilômetros, necessitando pelo menos de um século de tempo. Ocorre que somos prisioneiros da luz, cuja velocidade de trezentos mil quilômetros por segundo é até hoje insuperável. Mesmo assim só para chegar a estrela mais próxima – a Alfa do Centauro – precisaríamos de quarenta e três anos, sem ainda saber como frear essa nave a esta altíssima velocidade.Tais reflexões nos permitem falar de um possível Armagedon humano. Este representa um desafio para as religiões que vêem o fim da espécie como obra do Criador e não da atividade humana. Para o Cristianismo a morte coletiva, mesmo induzida, não impede o triunfo final da vida pela via da ressurreição e da transfiguração de toda a criação por Deus.

sábado, 3 de novembro de 2007

Escárnio ? Contra quem ?

Escárnio (zombaria , desdém...) foi o termo usado por um juiz do supremo porque um deputado federal que tentou - e não conseguiu - matar um colega quando estava investido do mandato renunciou ao cargo para fugir do julgamento ( sem mais recursos) no STF.
E contra o cidadão comum o que diríamos quando um outro juiz do supremo diz que o um cidadão condenado e fugitivo da Justiça (Cacciola ) poderia fugir ? Como quase todo condenado rico tem sempre um jeitinho - e algum doutor a defendê-lo, isso não deveria nos espantar mais.
Outra vez o polêmico Juiz Marco Aurélio Mello vota à favor de Cacciola dizendo ter este fugitivo da Justiça Brasileira direito a foro privilegiado. Isso também não é um escárnio?

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Símbolo/escultura do Rio

Esta escultura/símbolo, fiz pensando ao longe no Rio, outrora a cidade com ar parisiense que foi chamada um dia de CIDADE MARAVILHOSA.
Estou agora no necessário repouso/criativo em uma área rural em Friburgo que às vezes tem o silêncio disvirginado por estridentes motos envenenadas nessa brincadeira pré-suicida que chamam de motocross.
Nada mais inoportuno aqui.
Se consideram esporte, adequem aos devidos lugares com seus alucinantes - e devidos - barulhos.

sábado, 27 de outubro de 2007

Tasso e sandices

Em entrevista ao JORNAL O PERÚ MOLHADO ( edição 828 de 27 de outubro de 2007 , págs. 8 e 9) o presidente-multimilionário-senador do PSDB Tasso Jereissati ( em Fortaleza onde Tasso reina já existem mais de 300 favelas - Fonte: TVE ) diz sandices sobre Lula, Chávez, PT, etc. Ele usa e abusa da sempre velha e gasta tática da direita que ardorosamente Tasso representa e defende - ofender, generalizar, ofender...e o Bolero de Ravel (repetido) que ele comanda e sua orquestra de virgílios a agripinos sequer explicaram como gastam a verba pessoal de cada senador ( senatus em latim quer dizer - os mais velhos) que a imprensa revelou...
Fugiram...tática velha da carcomida direita e do Senado de Tasso...

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Em breve a minha nova linha de jóias

Antiga linha
Dstaque no FASHION RIO/ O GLOBO/ 2007

Acidentes e bebidas


Acidentes e bebidas

carta de minha autoria publicada em O GLOBO de 17/10/2007

Em boa hora o governador Sergio Cabral vai proibir a venda de bebidas alcoólicas nas estradas. Sábado quando saimos de Búzios para Friburgo (via Rio das Ostras ), até Muri vimos tres graves acidentes - e era dia. Um em Búzios, na saída, outro em Rio das Ostras ( quase no centro, com motocicleta e carro) e outro na subida da SerraMar. Sempre com carros muito usados. E parecia quase que evidente que havia tido bebida entre os motoristas, porque os locais das batidas não pareciam oferecer riscos para um motorista em bom estado.E o que é mais grave : é no centro de Friburgo no Posto Shell-Select que continuam saindo os carros que fazem pegas na cidade : usam tala-larga, escapamento aberto, cores berrantes como se fossem bólidos de corrida. Muitos assistentes ficam no bar dentro do posto de gasolina ( local de encontro dos jovens motorizados) e não escondem as cervejas que tomam ! E o pior. Há exposto um carro-de-corridas super-colorido propagando remédio na porta do posto ! Que estímulo hem ? Saúde e morte nesta mensagem dupla.

Texto Formidável de Leonardo Boff


Leonardo Boff

Teólogo

O semi-árido: o mais chuvoso do planeta



O romancista Graciliano Ramos, o pintor Di Cavalcanti e o cantor-sanfoneiro Luis Gonzaga nos acostumaram a associar o semi-árido nordestino à seca. Mas se trata de uma visão curta e parcial. Os últimos anos conheceram notável mudança de leitura. Estudos minuciosos e trabalhos consistentes suscitaram uma visão revolucionária. Fala-se menos de seca e mais de Semi-Árido com o qual se deve conviver criativamente. Nesta tarefa ganham relevância ONGs, comunidades eclesiais de base, a Articulação do Semi-Árido (ASA) que inclui 800 entidades ao redor do projeto "um milhão de cisternas" (já se construiram 200 mil) e o Movimento de Organização Comunitária (MOC) de Feira de Santana-BA que atua em 50 minicípios. O melhor apanhado desse processo prático-teórico nos é oferecido pelo exímio conhecedor da bacia do São Francisco, Roberto Malvezzi, com seu livro "Semi-Árido: uma visão holística"(Pensar o Brasil 2007). O eixo central é entender o Semi-Árido como bioma e a estratégia consiste na convivência não com a seca mas com o Semi-Árido. Tal bioma, chamado caatinga, recobre uma área de 1.037.00 km quadrados com rica biodiversidade. Na época da seca quase tudo hiberna. Mas basta chover, de setembro a março, para, em alguns dias, tudo ressuscitar com um verdor deslumbrante. Não há falta de água. Como média caem 750 mm/ano. É o Semi-Árido mais chuvoso do planeta. Mas pelo fato de o solo ser cristalino (70%), impedindo a penetração da água, acrescentando-se ainda a evaporação por insolação, perdem-se anualmente cerca de 720 bilhões de litros de água. Recoletada, seria mais que suficiente para toda a região. A estratégia da convivência com o Semi-Árido "visa a focar a vida nas condições socioambientais da região, em seus limites e potencialidades, pressupondo novas formas de aprender e lidar com esse ambiente para alcançar e transformar todos os setores da vida". Com efeito, os vários grupos que por lá atuam, utilizam o método Paulo Freire que consiste, fundamentalmente, em criar sujeitos ativos, autônomos e inventivos. Assim aprendem a aproveitar todos os recursos que a caatinga oferece, utilizando tecnologias sociais de fácil manejo com o propósito de garantir a segurança alimentar, nutricional e hídrica através da agricultura familiar e de pequenas cooperativas.Entre muitos, três projetos são notáveis: o da construção de um milhão de cisternas de bica que recolhem água da chuva dos telhados, conduzindo-a diretamente para o reservatório de 16.000 litros hermeticamente fechado. O outro é "uma terra e duas águas"(o "1+2"): visa garantir a cada família uma área de terra suficiente para viver com decência, uma cisterna para abastecimento humano e outra para a produção. Por fim, o Atlas do Nordeste, proposta da Agência Nacional de Águas para beneficiar 34 milhões de nordestinos do meio urbano, custando a metade da transposição. Esse projeto se opõe à transposição, qualificada como "a última obra da indústria da seca e a primeira do hidronegócio". Os referidos projetos, se implementados, custarão muito menos, atenderão a mais gente e não causarão impactos ambientais. Por fim, cito duas outras iniciativas do MOC: o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), oferecendo educação contextualizada às crianças e o Baú da Leitura. São baús cheios de livros que percorrem as comunidades entretendo as pessoas com leituras, interpretações e teatralizações, fazendo o povo pensar. De fato, o ser humano não nasceu para passar fome mas para irradiar, como diz um de nossos poetas-cantadores.

O absurdo premio Nobel dado a Al Gore

Tanta gente importante merecia o Premio Nobel dado injustamente a Al Gore - ele não merecia, nunca fez absolutamente nada pela CAUSA VERDE a não ser um filmete espetaculoso !
É um militante verde hollywoodiano, ou seja, puramente midiático e oportunista. Não tem uma longa história de luta pela CAUSA VERDE como um Gilberto Gil, por exemplo, um Tom Jobim e tantos outros cuja questão VERDE esteve sempre presente no cotidiano, nas músicas, nas declarações ...
O Nobel foi um premio político, por isso muito infeliz.
O que fez Algore quando vice-presidente dos Estados Unidos? Nada. Absolutamente nada.
E o PROTOCOLO DE KYOTO contra a poluição ? Quantas vezes Al Gore instigou Bush para assinar? Nenhuma.
Um equivoco que só vai ajudar Al Gore a ser candidato a presidente dos EUA.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Que houve com o Rio ?

Cesar Maia acusa o governo federal ( campanpanha feia, graficamente pobre, mal humorada essa do DEM nas tevês , que mal gosto a escolha também desse nome - DEM ) com os agripinos seus sotaques e trejeitos de político dos anos 50 ) por ser o responsável pelo combate ao narcotráfico-, segundo o que o que diz, seria este o gerador de todas as violências.
Cabe-me perguntar. Quem é o responsável- por exemplo- pelo mau cuidado dos hospitais municipais no Rio ?
Esta forma de violência - o péssimo estado e tratamento dado aos cariocas- talvez seja a campeã entre todasas violências...

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Agora ONLINE

Estarei toda sexta-feira na www.buziosfmonline.com.br
Te espero lá...
Abraço
João

sábado, 1 de setembro de 2007

Estímulo de Luiz Nassif/ TV CULTURA

Prezado João Carlos,
Os blogs estão ajudando a ressuscitar o jornalismo.
Você precisa começar a colocar suas histórias sobre o Cruzeiro no seu blog.
Seria um depoimento muito interessante.
Abração
Luis Nassif
Jornalista
TV CULTURA

Agora online...



Estréio programa de rádio (via internet) e vou fazer contato online com lideranças em todas as áreas porque desejo colocar no ar coisas positivas do Brasil, em geral.
Desde o programa de abertura dia 7 de setembro e teremos gente do quilate de Leonardo Boff e Técio Lins e Silva entre nossos eventuais colaboradores.
Posso dizer que a rádio www.buziosfmonline.com.br a sete meses no ar já é ouvida em vários paises do mundo.
Será uma hora de variada programação-positiva das coisas brasileiras desde Búzios : arte, cultura, direito,medicina, politica e tudo mais que possa FAVORAVELMENTE DIVULGAR BÚZIOS E O BRASIL.
PROGRAMA BÚZIOS ON LIVE em 7 de setembro, não esqueçam.
Fiquem com o meu sincero saudar
Abraço fraterno
Atenciosamente
João Carlos

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

www.buziosfmonline.com.br

Espero por vocês toda sexta-feira às 17 horas .
BÚZIOS ON LIFE
na
www.buziosfmonline.com.br
Bração
João

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Agora Online

À partir de 7 de setembro de 17 hs. às 18 hs. toda sexta-feira estará no ar o PROGRAMA JOÃO CARLOS MOURA ONLINE pela rádio www.buziosfmonline.com.br
Espero por vocês...

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

O Rio é outro

É outra a CARA DO RIO depois do PAN.
Estive na BARRA DA TIJUCA neste último final de semana: fiquei inpressionado, a cada 20 minutos passava na orla um carro de policía da FORÇA NACIONAL.
Senti a uma sensação de que estava numa cidade civilizada e policiada, isto é visível para todos.
Por quanto tempo esta sensação de tranquilidade irá perdurar ?

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Luto na Academia Brasileira de Letras (ABL)

João Ubaldo Ribeiro matou toda a tradição da cultura brasileira que desde Machado de Assis se empenha em manter viva a nossa língua na ABL, que além da escrita pura e casta tem entre os seus membros a mais valiosa fonte de cultura geral - enfim o melhor do Brasil lá esteve sempre muito bem representado, exceto com ele : João Ubaldo.
No artigo publicado em O GLOBO em 5 de agosto de 2007, pág.7, OPINIÃO, Ubaldo se suicida como literato e membro da ABL ( usou fardão e outras mumunhas ), e agora deixa claro que é um pretenso sabido e "culto" .
Escreveu Ubaldo usando Bernad Shaw que "...o Cristianismo (sic) acabou assim que Cristo expirou ".
Caro Ubaldo de Itaparica - devo dizer que o cristianismo começa alí mesmo quando Cristo morre, ao contrário do que está afirmado em seu artigo. E já dura 2007 anos.
Cristo vive como nunca e o cristianismo viceja...
Caro baiano da COBAL - também -, não pretendo ter a audácia de me canditar à ABL, mesmo já tendo publicado livro (foi bestseller) .
Desejo sim pedir ao GLOBO que não o tenha mais numa página onde o melhor do Brasil está lá sempre muito bem representado com textos variados que merecem sempre ser lidos e que são fonte de relevância histórica, menos quando Ubaldo escreve, porque a capacidade imaginativa, criativa e "cultural" dele chegou ao fim, desinformando o leitor crédulo que o lê.
João Carlos Moura
Búzios

domingo, 5 de agosto de 2007

Os ricos sempre armam golpes !

Os ricos - em geral - não suportam ver os pobres melhorarem de vida, e entram em desespêro: agora tem que assinar carteira, dar férias, cumprir leis trabalhistas e tratar gente como gente.
Pra eles LULA não é gente, é "gentinha " como em geral ELES se referem aos mais pobres .
Os RICOS - sobretudo eles, sempre eles - que ficaram mais ricos durante os ótimos governos de Lula - DATAFOLHA coloca os mais ricos na pesquisa de 5/8/domingo, como os mais insatisfeitos.
Sabem porquê ? Porque agora o pobre recebe a pensão em dia, pode comer carne, frango ou peixe e comprar cimento para fazer o "puxadinho " da casa, passear - também de navio ou avião -, como nunca puderam fazer no Brasil, antes de Lula.
Rico é assim, só quer (em geral) pra ele, quanto mais tem mais quer - SÓ PRA ELE, e o povo foda-se !
E O GOLPE está - fiquemos sempre atentos - está sempre em marcha contra a maioria do povo brasileiro !
Bração

João Carlos
Búzios

sábado, 28 de julho de 2007

A IMPRENSA AGORA VAI COBRAR DE QUEM ?

SE O GOVERNO ACABA COM O PROBLEMA DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO O QUE DIRÃO AGORA AS EMPRESAS DO RAMO ?

"Não há mais atrasos por problemas de controle aéreo", diz DECEA
O major-brigadeiro-do-ar Ramon Borges Cardoso, diretor-geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), disse que não há mais problemas de atrasos em vôos por causa do controle aéreo. Em entrevista ao Em Questão, o brigadeiro afirmou que o sistema de controle do tráfego de aviões no País é seguro, que estão sendo formados novos controladores para suprir a atual deficiência desses profissionais e que os equipamentos estão dentro das normas de funcionamento previstas. Responsável pelos quatro Cindactas (Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo) do País, o brigadeiro Ramon Cardoso, formado pela Academia da Força Aérea em 1971, está no comando do DECEA desde novembro do ano passado. Em Questão - Qual a situação hoje do controle do tráfego aéreo no País? Major Brigadeiro Ramon Cardoso - Nós temos duas variáveis em relação ao controle aéreo. A primeira é relativa ao volume de tráfego, que teve crescimento muito grande, inclusive maior que a média mundial. É processo que se vem desenvolvendo há vários anos. O segundo aspecto é quanto a nossa capacidade. Temos condições de controlar todos os vôos que queiram ser realizados no nosso espaço aéreo no que se refere a consoles, radares, sistemas de comunicação. Nossa limitação é no número de controladores que conseguimos pôr em operação simultaneamente. E isso faz com que haja espaçamento de vôos.EQ - O que está sendo feito para suprir essa deficiência? As novas contratações de controladores vão resolver o problema? Maj Brig A Cardoso - Recebemos autorização para fazer a contratação de controladores que já se haviam aposentado. Esses controladores estão sendo contratados para suprir um pouco a nossa deficiência. E também estamos ampliando a formação desses técnicos de modo que até o final de 2008 nós tenhamos formado aproximadamente 600 novos controladores para assumir as funções em todo o Brasil e suprir nossa necessidade atual. EQ - Como está a relação com os controladores? Maj Brig A Cardoso - Colocamos as pessoas que tinham comportamento inadequado fora das áreas de controle. Obviamente, houve todo um desgaste entre os controladores e os oficiais diante de tudo o que aconteceu. Mas, ao mesmo tempo, temos de dar apoio a todos os outros controladores que estão trabalhando muito bem para que a gente tenha o controle do tráfego aéreo seguro. EQ - Quantos controladores há hoje? Maj Brig A Carsoso - Cerca de 2.500 controladores no Brasil, dos quais 2.100 militares e 400 civis. Esse é o total de controladores existentes para cumprir todas as atividades. Não só o controle da aviação civil, mas também a parte de defesa aérea. EQ - Qual é o tempo que leva para formar um controlador? Maj Brig A Cardoso - O curso básico é de um ano. Depois disso, nós temos outra fase de especialização, que varia de acordo com o órgão operacional onde o controlador vai trabalhar. É importante registrar que trabalhamos para diminuir o tempo de formação especializada, sem prejuízo da qualidade, e aí teríamos os novos controladores entrando mais cedo em operação. EQ - Os equipamentos dos Cindactas estão em ordem? Maj Brig A Cardoso - Os equipamentos são instalados com expectativa de uso de aproximadamente 10 anos. Nós temos dois sistemas que estão na hora de trocar: o de Curitiba fica pronto em outubro deste ano. A substituição do de Recife começa a partir do término do serviço feito em Curitiba, de modo que aquele esteja pronto em outubro do ano que vem. Em relação aos radares, todos estão em ordem. Estamos fazendo a última modernização para prorrogar o tempo de vida deles por mais 10 anos. Na parte de comunicação, estamos substituindo alguns equipamentos, que estão chegando próximo desse limite de vida útil de 10 anos. EQ - Não há, portanto, problemas com equipamentos? Maj Brig A Cardoso - Não temos problemas com equipamentos. Nós temos planejamento de substituição e à medida que recebemos os recursos orçamentários estamos cumprindo essa substituição, que inclusive já estava planejada. Não é coisa nova. O documento que fez esse planejamento foi de 2005. Então, nós estamos realmente cumprindo o que já estava planejado anteriormente.EQ - O que é possível dizer sobre a ocorrência no Cindacta 4? (Na sexta-feira passada, houve pane elétrica no Cindacta 4, em Manaus, que prejudicou o controle dos vôos na região.) Maj Brig A Cardoso - Existe uma investigação em curso. Mas tudo leva a crer que nós tivemos ali um erro da pessoa que estava executando o serviço, erro humano. O técnico que estava executando os procedimentos o fez de maneira errônea. Estamos fazendo avaliação técnica daquela ocorrência e também sindicância para sabermos se o erro foi intencional ou não. EQ - Quais os parâmetros internacionais de controle aéreo que o Brasil segue? Maj Brig A Cardoso - Os estabelecidos pela Organização da Aviação Civil Internacional, que tem 188 países filiados. Ela estabelece critérios, procedimentos e recomendações, que são cumpridos por nós aqui no Brasil. Atendemos perfeitamente aos requisitos internacionais, tanto de segurança quanto de operação de equipamentos e de sistemas. EQ - O que o senhor diria aos passageiros no Brasil com relação ao controle do tráfego aéreo? Maj Brig A Cardoso - Os passageiros podem ter certeza de que estão voando em sistema de controle seguro. Casos de atrasos, cancelamentos ou situações como a do Cindacta 4, de Manaus, ocorrem justamente para manter a segurança do tráfego aéreo e nenhum vôo correr riscos. É importante que os passageiros saibam que o vôo em si é apenas uma parte do controle feito e que estamos trabalhando intensamente, em conjunto com a Infraero e a Anac, para que os problemas enfrentados hoje nos aeroportos sejam solucionados o mais rapidamente possível, sem comprometer questões fundamentais como as de segurança. No que diz respeito ao controle aéreo, as medidas para resolver os problemas foram tomadas. Eles hoje são muito mais ligados aos aspectos meteorológicos, com aeroportos fechados, obviamente, por causa dessa dificuldade de visualização dos pilotos. Não é possível voar com visibilidade muito baixa para pousos e decolagens.


FONTE: SECOM/ PLANALTO

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Pode haver controle externo sobre uso da internet ?

Filho pergunta ao pai :
Tem certeza que seu computador não é controlado ?
Pai responde :
Não !
Pai ilustra o não :
...filho o meu banco manda uma mensagem dizendo que "este computador não foi cadastrado ! " se uso outro computador .
Como podem controlar isso ?
É autorizado por LEI saber que o computador que aciono naquele momento para obter dados da minha conta pessoal não é o meu computador de sempre ?
Se estou num outro computador, num outro país - por exemplo - , mesmo mantendo o controle sobre os meus próprios dados sigilosos, como podem chegar a esse nível de controle sobre o uso que faço no meu computador - ou noutro ?

Não há mais nada no Brasil ?

Não existe no país nada mais que problema aéreo ?
Dá para desconfiar. Não dá ?
Parece que as empresas de aviação não estão anunciando conforme CERTA IMPRENSA gostaria.
Né Zé Mané ?

O que você não gosta aqui ?

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