segunda-feira, 20 de outubro de 2008

sábado, 18 de outubro de 2008

Poderia ter sido evitada a tragédia em S. André ?


Poderia. Acompanhei da tarde para noite o passo-a-passo: polícia, advogado e o promotor que deram garantias para o sequestrador-raptor ( sei lá o que) se entregar com vida ! Ente o estouro ( bomba ? ) ouvido e a escada sendo colocada por fora do Apto, e depois mostrando que houve uma demorada na entrada dos policiais pela porta do Apto, aconteceu o que parecia esperado - afobação, corre-corre e feridos. Deu-me a impressão que o "assalto " ao apartamento fora mal planejado e mal executado. Por quem e por que, não sei. Saberemos com os depoimentos que virão. Acho que a tensão da polícia se deu em parte aos acontecimentos da véspera, pois salário se paga com dinheiro, e não com bombas !

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Bonito é aqui

Bonito é aqui
*João Carlos Moura

Sonhei – acordado – que ia para a selva. Em Friburgo fazia frio - entre 3 e 12 graus, e lá criei a ilusão de felicidade em todo lugar . Eis que surge a viagem para Mato Grosso do Sul e Bonito, onde fui guiado pela desinformação.
Pensava que a Amazônia e o Pantanal fossem uma continuada floresta com suas diversidades.- mas sempre floresta. Doce ilusão que o Carlos Minc com seus coletes vai tentar salvar para o todo-sempre, e continuar a nossa ilusão do possível. Onde achar o poeta-pantaneiro Manoel de Barros para poetar sobre os sons de nada e dos bichos que falam? E o cantor Almir Satter, onde está para devolver aquela esperança pantaneira com suas músicas da novela original?
À época da novela fui à tribo Macuxí, lá perto da Venezuela, e ouvi o verdadeiro mito de Macunaíma ( Macunaíma ) .Depois deturpado, virou livro, lenda e filme sobre um um nego sonso e feiticeiro que matava a cobra e mostrava o pau. A história dos índios é outra, a de um deus criador, em nada preguiçoso.
Hoje a Aldeia Macuxí é a conhecida Serra Raposa do Sol, demarcada, para que se acabe de vez a matança dos índios e a roubança das riquezas nacionais, lá e alhures – ainda existentes.
Alhures Brasilis já foi terra de ninguém : secavam os rios, mataram os peixes, pássaros e animais, levaram o ouro e a madeira que serviu até para sustentáculo de palacetes nos canais em Veneza.
País raro no mundo cujo nome vem da natureza, da árvore ” caesalpina echinata- lam “ ( pau brasil) que tingia os panos da Europa , depois da chegada de Cabral e sua trupe “ in terrae brasilis “.
Sr. Cabral, vossa eminência deve saber que na terrinha ainda tem tudo aquilo – à quilo, ou não – que vos sustentou por muito tempo e a vossa corte com ouro, prata, diamante, madeiras, gente de mão-de- obra barata , etc.
A terra roxa de M.Grosso do Sul é – ainda , pasmem – habitada pelos índios vivos (vivíssimos , graças a Deus ) como aquela em que tudo se plantando dá. De tudo. E muito. Eu vi.
O governador da província colocou cocar para dizer na imprensa que sofre pressões das “classes produtivas “, que desejam os cobiçados hectares para plantar soja, milho, e engordar o gado (o maior do mundo) .
Índio quer apito – ou seja – ficar nas terras onde nasceram e sobre-viveram até hoje , por puro milagre, e não pela bondade política – ou vontade humana.
O Brasil virou um grande Méier- desculpe Millôr – muito feio.
Incluo agora a capital e Bonito.
Em Bonito ( M.Grosso do Sul ) – onde comecei a escrever esse texto – procuro saber o motivo do nome do lugar. Bonito, é muito bonito e reserva surpresas - boas ao visitante.
Em Campo Grande era inverno, o calor era insuportável. Em Bonito tinha brisa, água farta e esgoto 100% tratado.
Poucas árvores no centro, mas no parque público, um exemplo: plantar é possível...
Em cada esquina, os restaurantes oferecem: carne de jacaré, pacú e pintado.
As costelas de pacú ( apelido lá é hipoglós), podem imaginar porque.
Getúlio, nosso guia-motorista desde a capital, nos levou sempre ao melhor de Bonito.
No Parque Municipal um show de preservação: tudo limpo. E no rio Formoso de águas limpas, verdes em vários tons os piraputangas (peixes) dançavam à nossa frente esperando pelo pão nosso ( e ração agora ) de cada dia.
E assim recomendo. Bonito chama-se bonito, não por acaso ou , um cuidado de Deus, o criador.
Mas cá entre nós : bonito mesmo é aqui !
Seja na região dos lagos ou na região serrana - onde Friburgo se destaca - agora Heródoto de novo - Friburgo espera resgatar os bons tempos de cidade singular, como era.
Sem esquecer prefeito Heródoto , que as artes e a ecologia de Friburgo podem auxiliar - e muito - no turismo local .
São produtos limpos que o turista hoje procura. Diversão e lazer, com paz em volta !
Porque bonito é aqui !
* Artista plástico

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Obrigado presidente Bush

Bush fará discurso na Convenção dos Republicanos

Boa notícia essa: facilitará a subida de Obama. Até que enfim vamos poder dizer: "obrigado presidente Bush. O senhor fez um bom trabalho pela vitória de Obama"

Tartaruga no muro

Coloquei hoje no BLOG DO ZÉ DIRCEU:

02/09/2008 11:36
[João Carlos Moura]
Caro Zé : Tem tartaruga no muro. Alguém botou ! E assim pode se definir essa história de grampo recente. Evidente que tem gente interessada no tumulto. Mas o presidente do STF dizer que vai chamar o presidente Lula "às falas " é ou não grave ? Afinal, estamos em que tipo de ditadura quando alguém quer dar ordens ao presidente eleito com 52 milhões de votos ?

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quarta-feira, 16 de julho de 2008


DALLARI SOBRE GILMAR MENDES: DEGRADAÇÃO DO JUDICIÁRIOFOLHA DE SÃO PAULO, EM 8 DE MAIO DE 2002

SUBSTITUIÇÃO NO STF

Degradação do Judiciário

DALMO DE ABREU DALLARI

Nenhum Estado moderno pode ser considerado democrático e civilizado se não tiver um Poder Judiciário independente e imparcial, que tome por parâmetro máximo a Constituição e que tenha condições efetivas para impedir arbitrariedades e corrupção, assegurando, desse modo, os direitos consagrados nos dispositivos constitucionais.Sem o respeito aos direitos e aos órgãos e instituições encarregados de protegê-los, o que resta é a lei do mais forte, do mais atrevido, do mais astucioso, do mais oportunista, do mais demagogo, do mais distanciado da ética.Essas considerações, que apenas reproduzem e sintetizam o que tem sido afirmado e reafirmado por todos os teóricos do Estado democrático de Direito, são necessárias e oportunas em face da notícia de que o presidente da República, com afoiteza e imprudência muito estranhas, encaminhou ao Senado uma indicação para membro do Supremo Tribunal Federal, que pode ser considerada verdadeira declaração de guerra do Poder Executivo federal ao Poder Judiciário, ao Ministério Público, à Ordem dos Advogados do Brasil e a toda a comunidade jurídica.Se essa indicação vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional. Por isso é necessário chamar a atenção para alguns fatos graves, a fim de que o povo e a imprensa fiquem vigilantes e exijam das autoridades o cumprimento rigoroso e honesto de suas atribuições constitucionais, com a firmeza e transparência indispensáveis num sistema democrático.Segundo vem sendo divulgado por vários órgãos da imprensa, estaria sendo montada uma grande operação para anular o Supremo Tribunal Federal, tornando-o completamente submisso ao atual chefe do Executivo, mesmo depois do término de seu mandato. Um sinal dessa investida seria a indicação, agora concretizada, do atual advogado-geral da União, Gilmar Mendes, alto funcionário subordinado ao presidente da República, para a próxima vaga na Suprema Corte. Além da estranha afoiteza do presidente -pois a indicação foi noticiada antes que se formalizasse a abertura da vaga-, o nome indicado está longe de preencher os requisitos necessários para que alguém seja membro da mais alta corte do país.É oportuno lembrar que o STF dá a última palavra sobre a constitucionalidade das leis e dos atos das autoridades públicas e terá papel fundamental na promoção da responsabilidade do presidente da República pela prática de ilegalidades e corrupção.É importante assinalar que aquele alto funcionário do Executivo especializou-se em "inventar" soluções jurídicas no interesse do governo. Ele foi assessor muito próximo do ex-presidente Collor, que nunca se notabilizou pelo respeito ao direito. Já no governo Fernando Henrique, o mesmo dr. Gilmar Mendes, que pertence ao Ministério Público da União, aparece assessorando o ministro da Justiça Nelson Jobim, na tentativa de anular a demarcação de áreas indígenas. Alegando inconstitucionalidade, duas vezes negada pelo STF, "inventaram" uma tese jurídica, que serviu de base para um decreto do presidente Fernando Henrique revogando o decreto em que se baseavam as demarcações. Mais recentemente, o advogado-geral da União, derrotado no Judiciário em outro caso, recomendou aos órgãos da administração que não cumprissem decisões judiciais.Medidas desse tipo, propostas e adotadas por sugestão do advogado-geral da União, muitas vezes eram claramente inconstitucionais e deram fundamento para a concessão de liminares e decisões de juízes e tribunais, contra atos de autoridades federais.Indignado com essas derrotas judiciais, o dr. Gilmar Mendes fez inúmeros pronunciamentos pela imprensa, agredindo grosseiramente juízes e tribunais, o que culminou com sua afirmação textual de que o sistema judiciário brasileiro é um "manicômio judiciário".Obviamente isso ofendeu gravemente a todos os juízes brasileiros ciosos de sua dignidade, o que ficou claramente expresso em artigo publicado no "Informe", veículo de divulgação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (edição 107, dezembro de 2001). Num texto sereno e objetivo, significativamente intitulado "Manicômio Judiciário" e assinado pelo presidente daquele tribunal, observa-se que "não são decisões injustas que causam a irritação, a iracúndia, a irritabilidade do advogado-geral da União, mas as decisões contrárias às medidas do Poder Executivo".E não faltaram injúrias aos advogados, pois, na opinião do dr. Gilmar Mendes, toda liminar concedida contra ato do governo federal é produto de conluio corrupto entre advogados e juízes, sócios na "indústria de liminares".A par desse desrespeito pelas instituições jurídicas, existe mais um problema ético. Revelou a revista "Época" (22/4/ 02, pág. 40) que a chefia da Advocacia Geral da União, isso é, o dr. Gilmar Mendes, pagou R$ 32.400 ao Instituto Brasiliense de Direito Público -do qual o mesmo dr. Gilmar Mendes é um dos proprietários- para que seus subordinados lá fizessem cursos. Isso é contrário à ética e à probidade administrativa, estando muito longe de se enquadrar na "reputação ilibada", exigida pelo artigo 101 da Constituição, para que alguém integre o Supremo.A comunidade jurídica sabe quem é o indicado e não pode assistir calada e submissa à consumação dessa escolha notoriamente inadequada, contribuindo, com sua omissão, para que a arguição pública do candidato pelo Senado, prevista no artigo 52 da Constituição, seja apenas uma simulação ou "ação entre amigos". É assim que se degradam as instituições e se corrompem os fundamentos da ordem constitucional democrática.

GRAVE- MUITO GRAVE / LEIAM


O IMPEACHMENT COMO REMÉDIO TEM APOIO NA CONSTITUIÇÃO
Mauro Santayana *A evocação é inevitável. Quando o nome do advogado-geral da União, Gilmar Mendes, foi encaminhado ao Senado, para ocupar uma das cadeiras do STF, muitos manifestaram estranheza. O libelo mais forte coube ao professor Dalmo Dallari. Em artigo publicado antes da votação, o mestre paulista advertiu que, aprovado o nome do advogado-geral da União, estariam "correndo sério risco a proteção aos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional". Dallari lembrou que Gilmar, derrotado no Judiciário, "recomendou aos órgãos do Poder Executivo que não cumprissem as decisões judiciais". Outro caso, lembrado por Dallari, foi o de que a Advocacia-Geral da União, cujo titular era Gilmar, havia pago R$ 32.400 ao Instituto Brasiliense de Direito Público, do qual o atual presidente do STF era um dos proprietários, a fim de que seus subordinados ali fizessem cursos. Advogados, como o ex-presidente da OAB Reginaldo de Castro, e alguns jornalistas, entre eles este colunista, consideraram que faltavam ao indicado títulos para a alta posição. O fato de haver freqüentado universidades estrangeiras não era recomendação suficiente. Inúmeros ostentam este mesmo título. Há, mesmo, os que se fizeram professores em renomados centros universitários europeus e americanos, e nem por isso foram convocados à alta magistratura nacional. Sua carreira era relativamente curta. A muitos incomodava o comprometimento com o governo Collor – a quem serviu, na Secretaria da Presidência, até o impeachment – e com o de Fernando Henrique. Com Itamar no Planalto, o senhor Gilmar Mendes se transferiu para o Poder Legislativo. Cabia ao advogado, no governo de Fernando Henrique, examinar e redigir os projetos de lei e medidas provisórias. Algumas dessas medidas foram consideradas inconstitucionais e, com ligeiras modificações, reeditadas. O mais grave é que ele se encontrava subjudice, processado por improbidade administrativa – conforme a denúncia de Dallari – quando seu nome foi levado à Comissão de Justiça do Senado para ocupar a vaga no Supremo. O fato foi comunicado à Câmara Alta, mas o rolo compressor do governo quebrou a resistência da maioria dos senadores. Ainda assim, seu nome foi recusado por 15 parlamentares. Normalmente não há tão expressiva manifestação contrária às indicações presidenciais para o STF. A Associação dos Magistrados Brasileiros também se opôs à sua nomeação. Mais ainda: o Ministério Público questionara, antes, a presença de Gilmar, que pertencia a seus quadros, na Advocacia-Geral da União. Permito-me citar trecho de artigo que publiquei no Correio Braziliense, no dia mesmo em que o nome do advogado Gilmar Mendes foi levado à Comissão de Constituição e Justiça do Senado: "De um juiz se pede juízo. O advogado-geral da União excedeu-se no desempenho de suas funções, e excedeu-se também nas relações necessárias com o Poder Judiciário e com o Ministério Público. A firmeza na defesa dos atos governamentais, e das teses jurídicas em que eles possam sustentar-se, não permite o desrespeito para com os que tenham posição diferente. O senhor Gilmar Mendes poderia criticar, com alguma razão, o desempenho do Poder Judiciário, desde que ele atribuísse a deficiência ao acúmulo de leis confusas e conflitantes, situação constatada por todos os magistrados, e o fizesse em termos serenos. Mas se esqueceu o aclamado jurista de que tais leis, em sua maioria, procedem da incompetência do próprio Poder Executivo, a maior fonte legislativa destes últimos anos, com suas medidas provisórias, portarias, decretos, normas – e memorandos". Até aqui o texto de maio de 2002. Quando Gilmar, como advogado-geral da União, recomendou aos órgãos públicos que não cumprissem ordens judiciais, excluiu-se eticamente do direito de pertencer ao Poder Judiciário. Soube-se ontem à noite que um grupo de cidadãos de São Paulo se articula para pedir ao Senado Federal o impeachment do ministro Gilmar Mendes, de acordo com o artigo 39, item V da Constituição Federal, combinados com os artigos 41 e 52, II, da Carta Maior. Conforme dispõe a Constituição, qualquer cidadão, de posse de seus direitos políticos, pode solicitar o impeachment de um membro do Supremo.* Jornalista Fonte Jornal do Brasil 14/07/2008 Coisas da Política

Mago, louco e santo

Mago, louco e santo.
* João Carlos Moura


Seu nome: Paulo Coelho. Imperdível a biografia de Fernando Morais sobre O Mago. Vale a pena ler as mais de 600 páginas do livro sobre a obra/vida do homem que fez crescer o movimento de pessoas no Caminho de Santiago.
Pela árvore conhecereis o fruto, diz a Bíblia. Pela obra conhecereis o autor, dizem : nem sempre, digo sem dúvidas. As artes transfiguram a realidade. Criativo como é Paulo Coelho recria o mundo vivido e imaginado fundado em “verdades- verdadeiras” em que ele é o autor e ator da cena principal de sua própria vida e lenda, escrita ou musicada.
Sonhos sonhados na realidade mostram o que escreveu na sua sãtidade. As “Confissões de Santo Agostinho” (depois da devassidão, se torna santo) parece livro para criança perto do que fez o jovem-senhor Paulo Coelho de Souza.
Dado como louco pelo pai e internado várias vezes, esse gênio da simplicidade, optou pela lúcida-loucura-santa: ser escritor! Nada de maluco-beleza e nem continuar como o executivo que já havia comprado sete apartamentos, antes de fazer a sua lenda se tornar livro - de sucesso-, e depois um sucesso atrás do outro.
Em sua sofrida e vivida vida, a dor de existir não o paralisou, pelo contrário, virou sucesso editorial, e nunca abriu mão de seu desejo fundamental – ser escritor . É um exemplo de tenacidade e de que vale a pena - para qualquer um - acreditar nos seus próprios sonhos (desejo no sentido lacanianio ).E nisso se por jogou inteiro, sem amarras que o amparassem nas quedas - que não foram poucas.
Que outro pai não diria: “Filho, você ficou maluco? Só Jorge Amado vive disso (de escrever) no Brasil” ! Sorte de Paulo e dos cem milhões de leitores pelo mundo porque O Mago não seguiu as normas da ABNT, como seu pai, engenheiro, lhe impunha.
Desobedeceu ao pai.
O que é o crescimento pessoal senão a “negação” do pai? Ganhou o bom combate! Mas só escreveria o seu primeiro livro aos 40 anos, e por isso ainda continuava infeliz.
Provou de tudo. Dá para entender, né? Foi aos céus, ao DOPS e ao inferno (xeol, no hebraico antigo). Continou a vida apanhando, inclusive da invejosa crítica literária e doutos, mais ainda, da imprensa em geral,no Brasil . Sem desistir da sua lenda pessoal , seguiu em frente. E venceu!
A biografia que já tem cinco propostas para virar filme e que vai ser lançada no ano que vem nos EUA, é como se fosse um filme perfeito. De um livro tirado a fórceps de dentro do baú do mago, colocado à disposição de Fernando sem que ele (Paulo) desse algum palpite sobre a obra; que só leu depois de pronta.
É como um roteiro para impressionar o público. E impressiona. Mas é a própria vida do Paulo Coelho que é impressionante!
Fernando Morais é o craque das biografias no Brasil, nada de “causos” de mineiro no livro, mas casos acontecidos com o autor mais lido do mundo e que só perde para Shakespeare em número de eleitores e obras publicadas.
A “universitas” lhe tacou o pejorativo carimbo de “escritor de livros de auto-ajuda”. E se for assim, nada mal, está bem acompanhado. Porque livro tem que ser enigmático, fechado, oblíquo e confuso como, por exemplo, “ESTORVO” de Chico Buarque?
Paulo está com seus livros – como a Bíblia - entre as leituras mais lidas do mundo. E a Bíblia, o que é senão sabedoria milenar e auto-ajuda recolhida em 73 livros? E o I CHING com seus 3000 anos, não vale também como auto-ajuda? Se lá diz e Paulo Coelho leu que “perseverar é necessário” isto não vale? Não serve para todos no mundo? Porque tem que ser somente Jorge Amado “o autor” brasileiro?
Fernando Morais venceu. Paulo Coelho idem. O Brasil e o mundo vão saber que o brasileiro tão conhecido como Pelé (ou mais) é agora um quase-santo, casado com a mesma Christina Oiticica, sua inseparável companheira de muitos anos, a quem ele ouve e aceita as opiniões que ela intuitivamente dá - e acerta – no assunto que for.
Paulo Coelho agora nesta biografia desvela-se como mago e santo e em nada louco.

* artista plástico

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Outro Nordeste, depois de Lula


Nordeste, festas e riquezas.
* João Carlos Moura

Porto de Galinhas, hotel com 350 quartos, lotado. Eram 600 congressistas, se dividiram em outros hotéis e pousadas de Ipojuca, Pernambuco. Enquanto num auditório se discutia, se “ adoçante engorda ou não “ -, (isso mesmo, se adoçante engorda – também !) outros se espalharam nos jardins com vista para o mar, caminhadas na praia ou passeios de jangada até às piscinas naturais - longe da costa.
A vila lembra Búzios, 40 anos atrás. Perguntei pela aldeia de pescadores e veio a resposta: “ Não existe mais pescador aqui dotô, todos alugaram ou venderam as casas, agora é tudo butique “.
É uma Búzios novinha: violência zero, forró pé-de-serra, xote ou xaxado e Luiz Gonzaga pra todo lado, muita festa, bandeirinhas e comidas.O “Peixe na telha” disputa com o “Beijupirá” , qual é o melhor restaurante de lá . Sempre lotados, reservas antecipadas.
O “ Beijupirá ” (nome de um peixe) já seria nota 10 só pela decoração com arte da região. E a comida? Qual a melhor afinal ? Só comendo mais vezes e saboreando também todas caipirinhas com frutas da região. Tem cervejas de quase todas as marcas. Estou fã da “Stella Artois“, uma delícia , mesmo sabendo que tem a “ Cerpa “ na aldeia.
De Recife à Porto de Galinhas, e depois em Olinda, descobri algumas coisas, por exemplo: que há um extraordinário progresso no Nordeste que traz riquezas e fixa o sujeito em sua terra, e assim entendo a raiva permanente de Jarbas Vasconcelos e Roberto Freire ( ex-comunista) com Lula. A fonte de votos que tinham vindo da miséria, acabou. Mesmo a prefeita comunista de Olinda não exala o mau-humor de Roberto Freire, ao contrário prega esperança e trabalho, para a maioria ser incluida nisso, o que faz também o neto de Arraes, governador do estado.
Pernambuco virou fonte de riquezas materiais e imateriais ( a cultura multifacetada traz , além de trabalho , distribuição de renda) , e afasta o fantasma do êxodo dos que fugiam da miséria, como a família de Da. Lindu ( mãe de Lula ).
A MIOLO ( vinhos) como outras tantas vinícolas estão produzindo muito no Vale do São Francisco. Muitas fábricas se aproximam do Porto de SUAPE ( hotéis e pousadas, idem) e assim se entende, também parte dos congestionamentos em Recife porque há mais carros ( muitos de luxo ) e gente feliz com seu trabalho, diferentemente do que ocorria, desde sempre. “ Brasília Teimosa “ que era uma favela na posse de Lula, é o bairro que chamam agora de “ Brasília Famosa “, tem o “melhor camarão de Recife”, diz o anúncio . Fomos lá e nos deliciamos com enormes camarões na manteiga, coisa que não tem em Búzios, nem no resto da Região dos Lagos, por exemplo.

* Psicanalista e artista plástico

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Bom para o Brasil e o mundo

O Brasil atinge a maturidade. O mundo reconhece ( menos FHC ) e agora a agência STANDARD & PORR's reconhece que o Brasil oferece confiança e menos risco para aplicadores do mundo todo ! É para comemorar . FHC chora porquer no governo dele o Brasil - andou e cresceu - como rabo de lagartixa...para trás...

domingo, 27 de abril de 2008

Novo atelier de Fribugo, aberto à visitas

João Carlos Moura, 62 anos, carioca de Vila Isabel, foi um dois mais premiados alunos da Escola Nacional de Belas Artes no Rio nos anos 60. Foi morar em Petrópolis nos anos 70 e em 1972 se tornaria - sem imaginar e nem desejar - um dos pioneiros pela preservação do meio-ambiente no Brasil / fonte: JORNAL DO BRASIL. Depois participou da fundação do Partido Verde. Petrópolis tem hoje o Centro Histórico com cinco mil prédios tombados. Formado em Psicologia, exerceu a Psicanálise e publicou um livro sobre Psicanálise e Religião em homenagem ao analista e depois seu amigo Hélio Pellegrino – (depois de sua morte) - e que se tornou best-seller. Hoje é um livro de referência no mundo, porque até então na América Latina se estudava o tema a partir do que pensavam os estrangeiros. Mestrando em História e Crítica de Arte na UFRJ deixa o Rio outra vez, assume a vocação irresistível para as artes plásticas e um comentário de Hélio Pellegrino foi definitivo para isso: “... não é você quem escolhe a arte, mas a arte que te escolhe". Optou por morar em Búzios em uma casa na Praia dos Ossos onde foi em busca da luz e das cores do mar que fascinaram também Pancetti e Scliar; este seu verdadeiro mestre e grande amigo. Em Búzios encontra também - além da paz para criar - a estética visual e material para fazer jóias - foi aluno de Márcio Mattar. Hoje com trabalhos em 11 paises e 4 museus (um no exterior), já vendeu uma coleção completa de suas jóias para a França. Agora com atelier também em Friburgo desenvolve uma linha de esculturas e jóias usando refugos de madeiras encontradas em suas caminhadas pelas florestas da região. Com mais de 40 exposições realizadas entre individuais e coletivas, considera as mais importantes a individual que fez no Museu Nacional de Belas Artes do Rio em 2001 onde em dois grandes salões mostrou 52 trabalhos entre pinturas, esculturas, jóias e objetos e a exposição individual que fez na embaixada do Brasil em Buenos Aires em 1999. Seu trabalho é todo inspirado na natureza e segue agora a linha que chama de FRIBÚZIOS onde mistura materiais naturais encontrados nessas regiões com ouro e prata e peles de tilápia, de rã, bucho de boi, patas de peru, ossos de peixes e madeiras, entre outros.
Agora apresenta as ECOJÓIAS que lhe deram o premio NOVO TALENTO (em jóias) no FASHION RIO 2007 entre os 37 maiores joalheiros do Brasil.
Alguns depoimentos sobre o artista:


Obrigado por seu entusiasmo. Obrigado por seu engajamento político – social – ético - artístico.
Sempre haverá uma estrela benfazeja em seu caminho.
Com um abraço fraterno.
Leonardo Boff
Escritor

Demorei 40 anos para chegar aonde você chegou.
Carlos Scliar
Pintor

João Carlos, ser jovem é ser como você: um sacerdote do novo.
Artur da Távola
Escritor

João, são estas as linhas mestras de uma vida fecunda: a crença lúcida, o trabalho perseverante, a caridade que não dorme.
Vá em frente,
Com o abraço amigo do
Hélio Pellegrino
Psicanalista

Fico contente por saber que está interessado e já se dedicando ao que realmente parece ser o seu pendor artístico. Seja bem-vindo ao mundo das artes e auguro ao amigo felicidades e sucesso.
Manabu Mabe
Pintor

Recebi as melhores recomendações ao trabalho que vem realizando junto à comunidade de Petrópolis e que vem de encontro às nossas idéias de envolvimento cada vez maior da comunidade nas decisões e no trato dos problemas afetos à produção e preservação do bem cultural.
Saudações
Aloísio Magalhães
Ex-Secretário de Cultura do Ministério da Educação e Cultura

Estou convencido que um jovem cheio de talentos pode fazer muito em defesa de nossa cidade.
Com o meu sincero saudar.
Dom Pedro de Orleans e Bragança

­João, você é uma força da natureza, sempre produzindo.
Affonso Romano de Sant’ Anna
Escritor

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Como pode ?

Quero visualizar meu blo e a UOL barra ?
Como pode isso acontecer ?
Que direito a UOL tem sobre isso , barrar a visualização do meu blog ?

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Beija-Flor copia: não cria


A BEIJA-FLOR é pesadona.
Deram o título de campeã à cópia falsificada de Pamplona, Arlindo Rodrigues, Maria Augusta, Rosa Magalhães, Joãozinho Trinta, Licia Lacerda...enfim. Laila copia mas não cria. COPIADOR NATO E HEREDITÁRIO e os jurados - mal informados acreditaram no que viram e ouviram...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Homenagem a Rubens Gerchman

GERCHMAN

Uma homenagem/ Um episódio
Gecrhman nas passeatasMe lembro bem da " passeata dos cem mil ", porque era na Escola de Belas - Artes do Rio o local onde eram pintadas as famosas faixas do tipo "o povo unido jamais será vencido" , entre outras. Eram os alunos da escola - como eu - reforçados pelos já consagrados artistas plásticos da época que no chão faziam as faixas - hoje ícones. Eu estava com Gerchman pintando sobre morin (tecido,pano) com tinta xadrez preta, feita na hora. Ainda tem essa outra passagem que não vi registrada nos livros: depois de pintar as faixas - que Vergara logo depois se agrupou com o psicanalista Hélio Pellegrino ( à frente com os intelectuais ) . Vergara se escondeu com Hélio numa livraria evangélica na Rua 7 de setembro fingindo - ambos - estarem escolhendo livros, porque as bombas, os cavalos e o cacetete da PM entraram na dispersão... e na pintura de Gerchman em algum lugar essas "bombas explodem ".

O que você não gosta aqui ?

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FRIBURGO ARDE

FRIBURGO ARDE
Imensas queimadas modificam a paisagem de Friburgo

Um criador sempre buscando novas criações

Minha foto
Búzios/Friburgo/Rio, RJ, Brazil
Mostro minhas pinturas, esculturas, fotografias, jóias, móveis, estamparia etc.