sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Criatividade para sair da crise

Criatividade para sair da crise.
* João Carlos Moura
A crise é a mãe do mundo. Engendra em seu grandioso, fascinante e desconhecido útero as grandes invenções da humanidade, desde sempre.
O mundo melhorou, caminha desde que saímos das cavernas - do nada para todo o possível -, é mudança todo dia, a toda hora, todo o tempo.
Assim é com pessoas, paises, indústria e comércio, arte e ciência, e todo o produto do homem na face da Terra.
A "crise" é a mãe de todos, mãe de tudo. Ela é a razão – ainda – de podermos estar neste planeta que gira solto no espaço, pois sem crises permanentes já teríamos sido enxotados desta existência há muito tempo.
Por quê? Simples: a crise faz com que saiamos do estado de contemplação narcisica e nos empurra a ganhar o pão e o vinho nosso de cada dia, queiramos ou não.
Sem recuar e nem detalhar a história e seus avanços poderíamos ver o quanto se descobriu após cada crise: a invenção da lente, o avião, a internet, a escrita, a penicilina, o fusca (o carro do povo, criado na guerra).
Tomaria todo o espaço se enumerasse tantas descobertas após crises sucessivas e a necessidade e a urgência em resolvê-las.
Fala-se no bar: o casal está em crise, a bolsa de valores idem, o futebol brasileiro e o mundo também. Que bom.
Boa chance para se reinventar outros usos para roda redonda (a quadrada reaparece sempre), cada casamento ou qualquer associação – pública ou privada. Ou privada pública.
Por que crise assusta? Essa palavra feia que vem com a crise se chama misoneísmo, que quer dizer medo de mudança. Medo do novo. Daquilo que não se conhece. Uma neofobia.
O que temer? Que segurança temos diante de tal ou qual situação? Pensem!
Já dei cursos de criatividade, na IBM e Petrobrás, e o problema era esse: como sair de crises. Em resumo; criei, faz anos, um curso: criatividade para sair da crise.
Misturo técnicas que os publicitários conhecem bem, desde a psicanálise (associação livre) e a psicologia após Maslow.
Abordo o funcionamento mental diante da crise (problema) e a conseqüente resolução de um ou mais problemas, advindo das crises. É um passo-a-passo que treinamos.
Parece simples, não é? Mas é assim que funciona, porque na outra face das crises, podemos descobrir a solução dos problemas, saber de onde nasceram. E assim o mundo segue, com as crises.
Viva a crise, vida a vida, pois ela é um estado permanente de atenção diante do novo, do inusitado, do desconhecido, que vai nos revelar outras faces de um conhecido problema.
O clipe de papel (um arame dobrado) já tem mais de vinte mil usos. Invente outro. Crie. Saia da crise.
*Psicanalista e artista plástico

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FRIBURGO ARDE

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Imensas queimadas modificam a paisagem de Friburgo

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