segunda-feira, 20 de outubro de 2008

sábado, 18 de outubro de 2008

Poderia ter sido evitada a tragédia em S. André ?


Poderia. Acompanhei da tarde para noite o passo-a-passo: polícia, advogado e o promotor que deram garantias para o sequestrador-raptor ( sei lá o que) se entregar com vida ! Ente o estouro ( bomba ? ) ouvido e a escada sendo colocada por fora do Apto, e depois mostrando que houve uma demorada na entrada dos policiais pela porta do Apto, aconteceu o que parecia esperado - afobação, corre-corre e feridos. Deu-me a impressão que o "assalto " ao apartamento fora mal planejado e mal executado. Por quem e por que, não sei. Saberemos com os depoimentos que virão. Acho que a tensão da polícia se deu em parte aos acontecimentos da véspera, pois salário se paga com dinheiro, e não com bombas !

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Bonito é aqui

Bonito é aqui
*João Carlos Moura

Sonhei – acordado – que ia para a selva. Em Friburgo fazia frio - entre 3 e 12 graus, e lá criei a ilusão de felicidade em todo lugar . Eis que surge a viagem para Mato Grosso do Sul e Bonito, onde fui guiado pela desinformação.
Pensava que a Amazônia e o Pantanal fossem uma continuada floresta com suas diversidades.- mas sempre floresta. Doce ilusão que o Carlos Minc com seus coletes vai tentar salvar para o todo-sempre, e continuar a nossa ilusão do possível. Onde achar o poeta-pantaneiro Manoel de Barros para poetar sobre os sons de nada e dos bichos que falam? E o cantor Almir Satter, onde está para devolver aquela esperança pantaneira com suas músicas da novela original?
À época da novela fui à tribo Macuxí, lá perto da Venezuela, e ouvi o verdadeiro mito de Macunaíma ( Macunaíma ) .Depois deturpado, virou livro, lenda e filme sobre um um nego sonso e feiticeiro que matava a cobra e mostrava o pau. A história dos índios é outra, a de um deus criador, em nada preguiçoso.
Hoje a Aldeia Macuxí é a conhecida Serra Raposa do Sol, demarcada, para que se acabe de vez a matança dos índios e a roubança das riquezas nacionais, lá e alhures – ainda existentes.
Alhures Brasilis já foi terra de ninguém : secavam os rios, mataram os peixes, pássaros e animais, levaram o ouro e a madeira que serviu até para sustentáculo de palacetes nos canais em Veneza.
País raro no mundo cujo nome vem da natureza, da árvore ” caesalpina echinata- lam “ ( pau brasil) que tingia os panos da Europa , depois da chegada de Cabral e sua trupe “ in terrae brasilis “.
Sr. Cabral, vossa eminência deve saber que na terrinha ainda tem tudo aquilo – à quilo, ou não – que vos sustentou por muito tempo e a vossa corte com ouro, prata, diamante, madeiras, gente de mão-de- obra barata , etc.
A terra roxa de M.Grosso do Sul é – ainda , pasmem – habitada pelos índios vivos (vivíssimos , graças a Deus ) como aquela em que tudo se plantando dá. De tudo. E muito. Eu vi.
O governador da província colocou cocar para dizer na imprensa que sofre pressões das “classes produtivas “, que desejam os cobiçados hectares para plantar soja, milho, e engordar o gado (o maior do mundo) .
Índio quer apito – ou seja – ficar nas terras onde nasceram e sobre-viveram até hoje , por puro milagre, e não pela bondade política – ou vontade humana.
O Brasil virou um grande Méier- desculpe Millôr – muito feio.
Incluo agora a capital e Bonito.
Em Bonito ( M.Grosso do Sul ) – onde comecei a escrever esse texto – procuro saber o motivo do nome do lugar. Bonito, é muito bonito e reserva surpresas - boas ao visitante.
Em Campo Grande era inverno, o calor era insuportável. Em Bonito tinha brisa, água farta e esgoto 100% tratado.
Poucas árvores no centro, mas no parque público, um exemplo: plantar é possível...
Em cada esquina, os restaurantes oferecem: carne de jacaré, pacú e pintado.
As costelas de pacú ( apelido lá é hipoglós), podem imaginar porque.
Getúlio, nosso guia-motorista desde a capital, nos levou sempre ao melhor de Bonito.
No Parque Municipal um show de preservação: tudo limpo. E no rio Formoso de águas limpas, verdes em vários tons os piraputangas (peixes) dançavam à nossa frente esperando pelo pão nosso ( e ração agora ) de cada dia.
E assim recomendo. Bonito chama-se bonito, não por acaso ou , um cuidado de Deus, o criador.
Mas cá entre nós : bonito mesmo é aqui !
Seja na região dos lagos ou na região serrana - onde Friburgo se destaca - agora Heródoto de novo - Friburgo espera resgatar os bons tempos de cidade singular, como era.
Sem esquecer prefeito Heródoto , que as artes e a ecologia de Friburgo podem auxiliar - e muito - no turismo local .
São produtos limpos que o turista hoje procura. Diversão e lazer, com paz em volta !
Porque bonito é aqui !
* Artista plástico

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FRIBURGO ARDE

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Imensas queimadas modificam a paisagem de Friburgo

Um criador sempre buscando novas criações

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Búzios/Friburgo/Rio, RJ, Brazil
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